No dia em que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo e o empres�rio Ernesto Kugler, a parlamentar divulgou um v�deo para se defender das acusa��es.
Ela classificou a den�ncia como "mais um cap�tulo" de uma persegui��o da Lava-Jato contra o PT e contra a tentativa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, preso e condenado na opera��o, ser candidato ao Pal�cio do Planalto. A parlamentar ainda citou que h� "danos irrepar�veis" � sua imagem e � fam�lia.
De acordo com a den�ncia que ser� julgada no STF, o trio recebeu R$ 1 milh�o do esquema de corrup��o instalado na Petrobras. Os recursos teriam sido direcionados para a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010. No v�deo, a presidente do PT classifica a den�ncia como "absurda" e uma "hist�ria sem p� nem cabe�a".
Segundo ela, a acusa��o faz parte de uma "tentativa da Lava-Jato" de atacar o PT. "Hoje eu sou alvo e tenho certeza que � por eu ser presidente do Partido dos Trabalhadores e por defender o presidente Lula e a sua candidatura pelo bem do Brasil", diz Gleisi.
Quando a den�ncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, em maio de 2016, no entanto, a senadora ainda n�o era presidente do partido.
Ao se defender das acusa��es, a dirigente petista diz que os investigadores "fizeram e refizeram" dela��es e "foram ajeitando at� formar um roteiro" contra ela. Ela falou que nunca conheceu o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e nem o doleiro Alberto Youssef, que fizeram dela��o premiada e a citaram.
A petista se defende dizendo que, em 2010, n�o tinha fun��o p�blica e n�o poderia utilizar nenhum cargo p�blico para beneficiar empresas no governo. Ela ainda alega que sua campanha ao Senado foi superavit�ria e teve as contas aprovadas na Justi�a Eleitoral.
Gleisi aponta que Ant�nio Pieruccini, outro delator, e Youssef t�m o mesmo advogado, "o tal Figueiredo Basto", que, segundo ela, teria sido assessor do governo do PSDB no Paran� e mantido "rela��o estreita" com o juiz federal S�rgio Moro.
A senadora diz que ela e sua fam�lia vivem "sob o peso de acusa��es falsas" e que o dano n�o pode ser reparado.
"Nada vai reparar o sofrimento da minha fam�lia, dos meus companheiros, de amigos, os danos da minha imagem p�blica e pol�tica. Mas agora o STF vai ter a oportunidade de examinar a minha defesa ... fazendo prevalecer a verdade e a Justi�a".