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Estado de Minas ELEI��ES 2018

Barroso defende baratear campanhas para renovar a pol�tica

O ministro do STF tamb�m defendeu a redu��o do poder do presidente e o voto distrital misto


postado em 21/06/2018 12:41 / atualizado em 21/06/2018 12:48

Ministro Luís Roberto Barroso(foto: Marcelo Ferreira/ CB/D.A Press)
Ministro Lu�s Roberto Barroso (foto: Marcelo Ferreira/ CB/D.A Press)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu�s Roberto Barroso defendeu, nesta quinta-feira, o barateamento das campanhas eleitorais como forma de promover a renova��o pol�tica. Para o ministro — que participou de semin�rio no audit�rio do Correio, promovido pelo instituto de forma��o de lideran�as pol�ticas RenovaBR —, com disputas caras, a forma de financiamento atual mant�m o poder na m�o de "herdeiros".

"Precisamos baratear os custos da elei��o, aumentar a representatividade do Congresso e aumentar a governabilidade. Os custos obrigam os candidatos a buscar financiamentos extravagantes. H� uma diferen�a muito grande entre o que se custa e o que se pode arrecadar. Isso � motivo de grande parte das pr�ticas de corrup��o que vemos no pa�s", acrescentou Barroso. "Partidos viraram business. Neg�cio privado com venda de tempo de televis�o. Temos que reagir a isso se quisermos criar a cultura de m�nimos de dec�ncia pol�tica."
 
O ministro fez duas propostas: a redu��o do poder presidencial e o sistema distrital misto. "Defendo, como sistema de governo, uma atenua��o do sistema presidencialista brasileiro. Algo como ocorre na Fran�a, em que o primeiro-ministro que toca o dia a dia da pol�tica. O presidencialismo na Am�rica Latina � uma f�brica de problemas", justificou.

Para o modelo eleitoral, ele defendeu o sistema distrital misto. "Metade da C�mara dos Deputados � eleita pelo voto do distrito e a outra, pela vota��o do partido. Isso � bom porque barateia o custo das elei��es e aumenta a representatividade democr�tica", avaliou. Nesse caso, o partido apresentaria uma lista e o eleitor votaria na lista ou em um nome espec�fico. Se o candidato preenchesse o quociente eleitoral, seria eleito.

Por fim, Barroso defendeu a democracia. "O Brasil vive um dos momentos mais dif�ceis de capacidade de prever o que vem pela frente. Democracia � o �nico caminho. Aqueles que defendem a volta do regime militar querem viver a nostalgia de um per�odo de gl�ria que n�o houve", disse.

Novas lideran�as


Tendo como tema Renova��o e Reforma Pol�tica, o semin�rio contou tamb�m com a participa��o dos senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Ana Am�lia (PP-RS); do empres�rio Eduardo Mufarej, cofundador do movimento RenovaBR; do cientista pol�tico Murilo de Arag�o, da Arko Advice Pesquisas; e de novas lideran�as pol�ticas, como Pedro Ivo Santana Borges de Lima, 26 anos, pr�-candidato a deputado distrital, que defendeu uma C�mara Legislativa mais plural.

"Quando analisamos a composi��o atual, percebemos que os deputados est�o focados em um segmento, uma classe, um sindicato, um grupo econ�mico. Essas pessoas conseguem entrar com 7 mil votos. O deputado (distrital) faz a conta e foca nesse grupo, esquecendo-se de colocar o cidad�o no centro do mandato", criticou.

A pediatra Fabiana Mendes, que tamb�m tentar� uma vaga de deputada distrital, foi outra participante. “Minha vontade come�ou com as frustra��es dos servi�os p�blicos. Acredito que a mulher deve ocupar espa�os de poder. Conhe�o a realidade do brasiliense, mas sei que � extremamente dif�cil disputar. As pessoas t�m por h�bito votar nos antigos, no sobrenome mais antigo”, avaliou.

Capacita��o

O evento faz parte do encerramento de um ciclo de capacita��o de 134 pessoas que tiveram aulas sobre direito eleitoral, desafios do Brasil (desigualdade e reforma pol�tica) e marketing pol�tico (or�amento, arrecada��o, voluntariado, entre outros), colaborando com um o principal objetivo do RenovaBR, que � viabilizar candidaturas de novos pol�ticos.

Para Mufarej, essa � uma das formas de trazer novos nomes para o Congresso Nacional e influenciar nas composi��es dos partidos, oxigenando as lideran�as. "A mobiliza��o da sociedade quebra esse ciclo vicioso. N�o podemos tirar da popula��o a capacidade de transforma��o. Para isso, temos que capacitar as pessoas”, defendeu.


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