

Depois de “aterrorizar” as empresas, lojas e �rg�os p�blicos brasileiros ao abrir espa�o para os consumidores exporem sua insatisfa��o com alguma compra ou servi�o, o site Reclame Aqui lan�ou no m�s passado um aplicativo para identificar pol�ticos corruptos e divulgar as acusa��es que pesam contra eles. Batizado de Detector de Ficha de Pol�tico, a plataforma est� dispon�vel nos sistemas Android e IOS e funciona por meio de tecnologia de reconhecimento facial.
Na segunda quinzena de julho ser� lan�ado o aplicativo Poder do Voto, dispon�vel nos sistemas IOS, Android e Windows Phone. O objetivo � que o eleitor acompanhe o mandato dos deputados federais e senadores e receba informa��es sobre macrotemas escolhidos previamente. “Sempre que um projeto relacionado a esta escolha estiver em fase de vota��o, eles ser�o estimulados a manifestar suas opini�es”, explica o co-fundador do Poder do Voto, Paulo Dalla Nora.
Da mesma forma, o parlamentar ter� uma vers�o pr�pria do aplicativo para acompanhar a avalia��o do internauta. “� uma oportunidade de o parlamentar saber como a base eleitoral est� avaliando o seu trabalho”, completa Dalla Nora. O aplicativo vai listar os projetos em tramita��o no Congresso com um resumo de 70 caracteres e um link para manifesta��es. De acordo com os idealizadores, pesquisas mostram que 15 milh�es de usu�rios do Facebook s�o ativos politicamente. A ideia � atrair o maior n�mero poss�vel desses internautas.
Diante da experi�ncia com o site OPS – sigla de Opera��o Pol�tica Supervisionada –, o gerente de tecnologia L�cio Big lan�ou em 2016 o aplicativo OPS Fiscalize, que tem o mote de fiscalizar o uso da chamada verba indenizat�ria pelos pol�ticos de “A a Z”, por meio da an�lise das notas fiscais dos gastos com correios, t�xi, passagens a�reas e alimenta��o, entre outros. Ao verificar irregularidades, os respons�veis pelo OPS entram em contato com o parlamentar por meio de e-mails.
“H� colabora��o do pa�s inteiro. Criamos um formul�rio eletr�nico para as pessoas preencherem e enviar um e-mail para o parlamentar. Ent�o eles v�o receber milhares de mensagens questionando o gasto”, conta o criador da plataforma, L�cio Big. De acordo com ele, o objetivo � que o pol�tico devolva o dinheiro aos cofres p�blicos. Nos casos em que o apelo � ignorado, ele enviam comunicado para a C�mara ou Senado e fazem a d4
en�ncia ao Minist�rio P�blico. A OPS tem mais de 4 mil colaboradores, que fazem trabalho volunt�rio.
ESTIMATIVAS Alguns aplicativos est�o voltados especificamente para as elei��es deste ano. O Vote 2018, por exemplo, vai trazer estimativas dos votos para a campanha presidencial. Idealizador do programa, Marcos Vin�cius diz que a ideia � servir como um “term�metro” para as elei��es deste ano e ainda receber� atualiza��es at� outubro, al�m da inclus�o de mais funcionalidades.
“No aplicativo � poss�vel que o usu�rio simule uma vota��o atrav�s de uma tela que, em v�rios aspectos, se assemelha a uma urna eletr�nica. Basta que seja inserido o n�mero do candidato escolhido para que os dados do mesmo apare�am na parte superior da tela para confirma��o do voto. Ap�s a confirma��o, ser� exibido o popular “barulhinho da urna” e o voto ser� finalizado e computado”, explica. Em outra tela tamb�m � poss�vel que as pessoas vejam uma apura��o parcial dos votos, onde s�o apresentados todos os candidatos com as seguintes informa��es: nome, foto, n�mero, partido e percentual atualizado dos votos. Na tela inicial � exibida a hashtag do candidato que est� na lideran�a dos votos computados.J� o Votar Brasil promete publicar informa��es sobre referendos, pesquisas e inten��es de votos “sem qualquer tipo de influ�ncia de quaisquer partidos que seja”. No texto de abertura, a empresa de engenharia mineira que desenvolveu aplicativo avisa que os dados ser�o registrados na Justi�a Eleitoral, conforme determina a Lei 9.504/97, que rege as elei��es no Brasil.
A se��o mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) lan�ou recentemente o aplicativo OAB Voto Legal, para que os eleitores denunciem irregularidades na campanha, como abuso econ�mico, propaganda ilegal e compra de votos, por meio de texto, foto, v�deo ou inclus�o de documentos. Em 2016, a OAB j� havia lan�ado aplicativo para fiscalizar as doa��es de campanha em todo o pa�s, quando recebeu 723 mensagens.