
Bras�lia - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira, 27, que ju�zes n�o t�m derrota ou vit�ria, ao comentar a sess�o da Segunda Turma desta ter�a - na qual ficou vencido em cinco processos, sendo quatro no �mbito da Lava-Jato.
Questionado sobre o julgamento do pedido de liberdade do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, e se o adiamento (Fachin enviou o caso ao plen�rio do Supremo) seria algum tipo de "retalia��o", o ministro disse que "ju�zes n�o tem ideologia nem segmento para pender para um lado A ou lado B".
"O colegiado � formando por posi��es distintas, o dissenso � natural, e � por isso que nessa mesma medida os julgamentos se deram e v�o se dar na luz da ordem normativa constitucional, e cada magistrado aplicando aquilo que depreende da Constitui��o. Foi um dia de atividade normal, assim est� sendo e assim ser�", afirmou o relator da Lava Jato sobre a sess�o da Segunda Turma - que libertou o petista e ex-ministro Jos� Dirceu da pris�o, um dos casos em que o ministro foi voto isolado.
Ao falar sobre o ex-presidente Lula, Fachin disse que o magistrado tem de deixar as convic��es pessoais para "o lado de fora da sala de julgamento". "� assim que tenho me portado, e isso que me d� paz na alma", concluiu.
Derrotas
A sess�o extraordin�ria realizada nesta ter�a-feira deixou ainda mais expl�cito o isolamento do de Fachin na Segunda Turma do STF. Em sua maioria, os ministros da turma possuem um perfil cr�tico aos m�todos de investiga��o da Opera��o Lava Jato.
O relator da opera��o tem optado por remeter algumas quest�es diretamente ao plen�rio da Corte, a exemplo do que fez com o recurso de Lula para suspender sua pris�o. Integrantes da Segunda Turma acreditam que o relator da Lava Jato fez isso como uma manobra para evitar uma nova derrota no colegiado.
Conforme revelou a Coluna do Estad�o na sexta-feira passada, ministros cogitavam, ao analisar o pedido da defesa do petista, a possibilidade de Lula ir para a pris�o domiciliar, mas sem alterar os efeitos de sua condena��o, como a inelegibilidade.