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Estado de Minas

Juiz de Bras�lia absolve Geddel na a��o por press�o a Funaro

O caso, investigado na Opera��o 'Cui Bono?', levou Geddel pela primeira vez � pris�o, em julho de 2017, antes da descoberta do bunker dos R$ 51 milh�es


postado em 04/07/2018 20:42 / atualizado em 04/07/2018 20:52

O ex-ministro, que antes não mantinha contato com a mulher de Funaro, teria passado a fazer insistentes ligações para ela(foto: EVARISTO SA)
O ex-ministro, que antes n�o mantinha contato com a mulher de Funaro, teria passado a fazer insistentes liga��es para ela (foto: EVARISTO SA)
S�o Paulo - O juiz federal da 10ª Vara Federal de Bras�lia, Vallisney de Oliveira, absolveu o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) da acusa��o de embara�o � investiga��o no �mbito da Opera��o S�psis, que mira desvios na Caixa Econ�mica Federal. O emedebista era denunciado por suposta intimida��o ao doleiro L�cio Funaro para barrar sua dela��o premiada.

O caso, investigado na Opera��o 'Cui Bono?', levou Geddel pela primeira vez � pris�o, em julho de 2017, antes da descoberta do bunker dos R$ 51 milh�es.

Na den�ncia contra Geddel, o MPF sustenta que, ap�s a pris�o de Funaro, o ex-ministro monitorou e constrangeu a mulher do corretor, Raquel Pitta, com a inten��o de "influenci�-lo" a n�o colaborar com as investiga��es referentes �s opera��es Cui Bono e S�psis, que tratam de desvios na Caixa.

Para o juiz, "n�o h� prova de que os telefonemas tenham consistido em monitoramento de organiza��o criminosa, tampouco de que ao mandar um abra�o para Funaro, nos telefonemas dados a Raquel, o acusado Geddel, de maneira furtiva, indireta ou subliminar, mandava-lhe recados para atender ou obedecer � organiza��o criminosa".

"Levo em considera��o, ainda, o fato de que L�cio Funaro, conquanto estivesse, � �poca, numa condi��o pessoal desfavor�vel, por estar preso na Penitenci�ria da Papuda/Bras�lia, sempre mostrou independ�ncia, altivez e destemor, seja nas audi�ncias das quais participava, seja pelo fato de estar sempre amparado por qualificados advogados, n�o parecendo, num Ju�zo presum�vel, ser pessoa que se dobra facilmente, que se atemoriza ou fica sob o grilh�o ou controle emocional de outra pessoa ou grupo", anotou.

"Al�m disso, sua esposa RAQUEL PITTA afirmou categoricamente, em Ju�zo, que as conversas com GEDDEL eram espont�neas e nunca sentiu nelas qualquer constrangimento, ou viu em L�CIO (com quem compartilhava prontamente os telefonemas/mensagens do acusado) qualquer temor ou constrangimento, tanto que chegou a enviar a GEDDEL fotografias da filha", concluiu o juiz.

O ex-ministro, que antes n�o mantinha contato com a mulher de Funaro, teria passado a fazer insistentes liga��es para ela, especialmente nas sextas-feiras, dia que visitava o marido na pris�o. Muitas vezes, os telefonemas eram no per�odo da noite, a prop�sito de perguntar sobre o "estado de �nimo" de Funaro.

Por meio de seu advogado, Bruno Espi�eira, Funaro fez chegar � PF "impressos de liga��es" recebidas por Raquel via WhatsApp. As liga��es foram feitas por um certo "Carainho", que, segundo os investigadores, � Geddel.

Em audi�ncia de cust�dia, quando foi preso pela primeira vez, Geddel chorou, de cabe�a raspada, em frente �s c�meras da 10ª Vara Federal. Na ocasi�o, ele negou obstru��o, mas admitiu mais de dez liga��es para a mulher do doleiro.

"Acabei de dizer que nesta liga��o se tratou exatamente: 'como vai voc�?', porque � o m�nimo. 'Sua fam�lia est� bem?' N�o se tratou de marido dela, de esposo dela, nada disso", afirmou Geddel.

(Fabio Serapi�o, Luiz Vassallo e Fausto Macedo)


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