S�o Paulo - O Sindicato dos Delegados de Pol�cia Federal do Estado de S�o Paulo (SINDPF-SP) manifestou nesta ter�a-feira, 10, apoio aos delegados da PF no Paran� "pela cautela e prud�ncia na atua��o quando do recebimento de alvar� de soltura" do ex-presidente Luiz In�cio Lula da SIlva. No domingo, dia 8, o desembargador Rog�rio Favreto, em plant�o No Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF-4), alegou "um fato novo" (a pr�-candidatura do petista) e mandou soltar o ex-presidente duas vezes pela manh� e durante a tarde.
A PF n�o cumpriu a ordem de Favreto para soltar Lula, sob alega��o de que estava esperando por uma defini��o sobre a liberdade ou a manuten��o da pris�o do ex-presidente.
A primeira decis�o do desembargador foi derrubada pelo relator da Lava Jato, Jo�o Pedro Gebran Neto. As duas ordens de soltura perderam efeito, por decis�o do presidente da Corte, Thompson Flores.
Lideran�as do PT acusaram a PF de "desobedi�ncia" e "descumprimento" da ordem de Favreto.
Em nota, o sindicato afirmou que a PF "� uma Pol�cia de Estado", que "n�o tem cor, nem partido e exerce seu papel constitucional com equil�brio, modera��o e responsabilidade."
"O Sindicato dos Delegados de Pol�cia Federal do Estado de S�o Paulo cumprimenta os delegados da Pol�cia Federal da Superintend�ncia do Paran� pela cautela e prud�ncia na atua��o quando do recebimento de alvar� de soltura expedido em regime de plant�o por magistrado cuja incompet�ncia para an�lise do caso foi declarada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª. Regi�o", afirma o Sindicato.
Na decis�o que mandava soltar Lula, Favreto afirmou que amparou sua decis�o em "fato novo", segundo ele, a "condi��o de pr�-candidato do paciente, conforma exaustivamente fundamentada".
Ao tirar o habeas do plantonista, o desembargador Thompson ressaltou que n�o h� "fato novo". "Rigorosamente, a not�cia da pr�-candidatura eleitoral do paciente � fato p�blico/not�rio do qual j� se tinha not�cia por ocasi�o do julgamento da lide pela 8ª Turma desta Corte."
Lula est� preso desde o dia 7 de abril na PF, em Curitiba. O ex-presidente foi condenado pelo Tribunal da Lava Jato a 12 anos e um m�s de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro no caso triplex.
(Julia Affonso e Ricardo Brandt)