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Estado de Minas

PT tenta todas as alternativas judiciais para Lula se candidatar

Para manter Lula na disputa, petistas apostam na fragilidade da lei eleitoral e no poder de convencimento dos caciques do partido para atrair o PSB


postado em 16/07/2018 07:58 / atualizado em 16/07/2018 08:05

O deputado Wadih Damous, do Rio: partido tentará de tudo, dentro da lei, para soltar o ex-presidente (foto: Pedro França/Agência Senado)
O deputado Wadih Damous, do Rio: partido tentar� de tudo, dentro da lei, para soltar o ex-presidente (foto: Pedro Fran�a/Ag�ncia Senado)

O PT prepara estrat�gias pol�ticas e jur�dicas para chegar ao segundo turno das elei��es. O caminho, no entanto, n�o vai ser f�cil. No campo eleitoral, a dificuldade � convencer o PSB a embarcar na campanha petista e evitar o fortalecimento de Ciro Gomes, do PDT, na esquerda. Pelo lado da Justi�a, os petistas estudam brechas na legisla��o que possam render recurso que conven�a a ministra Laurita Vaz, presidente do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), a conceder um habeas corpus ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

A aposta da legenda em Lula continua firme e forte. Embora caciques do partido admitam que h� alternativas — como Jaques Wagner, ex-governador da Bahia; e Fernando Haddad, ex-prefeito de S�o Paulo —, eles n�o d�o o bra�o a torcer, animados, inclusive, por resultados de pesquisas eleitorais. A �ltima sondagem da XP, divulgada na sexta-feira, ap�s tentativa do PT de soltar o ex-presidente com um recurso apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF-4), mostrou um aumento do desempenho do ex-presidente nas inten��es de voto de 28% para 30%.

A decis�o do desembargador Rog�rio Favreto de conceder habeas corpus a Lula foi revertida pelo presidente do TRF-4, Thompson Flores, mas gerou impacto positivo ao petista, avalia o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), vice-l�der do partido na C�mara dos Deputados. “Todas as pesquisas mostram que ele sobe. O epis�dio de domingo acabou sendo um fator positivo, politicamente falando”, destaca. Com esses indicativos, o PT promete manter Lula como postulante na corrida eleitoral. “� �bvio que ele ser� nosso candidato. Que partido abriria m�o da sua maior for�a eleitoral? Dia 15 de agosto, vamos registrar a candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, garante Damous.

O partido e a defesa do ex-presidente estudam, agora, uma nova estrat�gia para liberar Lula, tendo como base as decis�es de Laurita no STJ, que negou, na semana passada, mais de 260 habeas corpus a favor do ex-presidente. A maioria sustentada com base em um pretenso fato novo, de que Lula � pr�-candidato e, por isso, deve ser solto. As centenas de indeferimentos mostram aos advogados que a t�tica adotada deve seguir por outro caminho. “Vamos tentar tudo que estiver ao nosso alcance, dentro da lei, para tentar liberar o presidente Lula. Mas ainda n�o temos nada definido”, admite Damous.

Alian�as


No campo eleitoral, o PT espera alinhar o discurso com o PSB. Para isso, o diret�rio nacional, capitaneado pela presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), estuda oferecer apoio a candidaturas estaduais pessebistas em Pernambuco, Amap�, Amazonas, Tocantins, Rond�nia e Para�ba. A oferta petista balan�ou a c�pula da legenda, mas ainda n�o h� nada fechado, uma vez que as negocia��es com o PDT est�o em est�gio avan�ado.

A ideia de coligar com uma legenda cujo presidenci�vel se encontra preso, somada �s dificuldades em conseguir alguma vit�ria na Justi�a que o libere, � uma situa��o que constrange l�deres dos partidos com quem o PT mant�m conversas, sobretudo diante da impossibilidade de Lula assumir a Presid�ncia da Rep�blica caso seja eleito, devido � Lei da Ficha Limpa. Por esse motivo, o PR, que conversou com os petistas, n�o cogita uma coliga��o. O partido ofereceu, em troca, o posto de vice em uma chapa com o empres�rio Josu� Alencar, filho do ex-vice de Lula, Jos� Alencar. A proposta foi bem avaliada por Wagner, mas recha�ada pela c�pula do PT.

Diante das dificuldades em chegar ao segundo turno, h� quem defenda, no PT, o registro da candidatura de Haddad ou Wagner. No �ltimo dia antes da defini��o dos nomes nas urnas, em 17 de setembro, o escolhido seria substitu�do por Lula. O especialista em direito eleitoral Marcellus Ferreira Pinto, do escrit�rio Nelson Wilians e Advogados Associados, acredita que “o PT vai tirar proveito das brechas eleitorais”, que, segundo ele, n�o s�o poucas.
Para o analista pol�tico Cristiano Noronha, s�cio da Arko Advice, o TSE deve se manifestar antes de 17 de setembro sobre o registro de Lula. “J� v�o ter transcorrido quase 20 dias de propaganda de r�dio e televis�o. Acho que a Justi�a Eleitoral n�o vai dar tanto tempo para responder”, pondera.


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