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Estado de Minas

Alckmin lidera ranking do presidenci�vel com maior tempo de TV

Tucano fecha com PTB - partido comandado por Roberto Jefferson e piv� do esc�ndalo no Minist�rio do Trabalho - e garante mais um minuto no tempo de r�dio e TV


postado em 19/07/2018 07:46 / atualizado em 19/07/2018 07:58

Alckmin: tucano consegue ampliar espaços com legendas tradicionais (foto: Evaristo Sá/AFP)
Alckmin: tucano consegue ampliar espa�os com legendas tradicionais (foto: Evaristo S�/AFP)

Depois de uma fase ruim, com perda de for�as na queda de bra�o com Ciro Gomes (PDT) pelo apoio de partidos de centro, ontem foi um bom dia para o presidenci�vel Geraldo Alckmin (PSDB), com a confirma��o do apoio do PTB � candidatura dele. Um m�s atr�s, o nome do tucano era citado em not�cias n�o t�o positivas.

O assunto, em 18 de junho, era a dificuldade dele em subir nas pesquisas de inten��o de voto, preocupa��o que levou o partido at� a encomendar uma pesquisa interna para saber o motivo. Agora, a aposta dos tucanos � de que o jogo comece a virar.

A alian�a com a legenda presidida por Roberto Jefferson, que acrescenta um minuto de tempo de televis�o aos 2,5 minutos a que o PSDB tem direito, ser� oficializada em 28 de julho, na conven��o do partido de Alckmin.

Com o outro minuto garantido pelo apoio firmado com o PSD, na semana passada, especialistas avaliam que ele se consolida como o candidato que mais ter� exposi��o durante a campanha. Pode chegar a sete minutos de tev�, caso consiga atrair as outras seis legendas com as quais tem conversado — PPS, PRB, Podemos, PSC, PSDC e PV, pela lista que ele mesmo citou ontem, em entrevista coletiva, ap�s participar do F�rum de Mobilidade ANPTrilhos.

Apesar de se manter com pouco mais de 5% nos �ndices de inten��o de voto, de acordo com as pesquisas mais recentes, � atraente, para os partidos, o fato de que Alckmin j� tem garantida uma exposi��o muito maior que a de candidatos que costumam aparecer com bom potencial de votos, mas que n�o ter�o visibilidade durante a campanha. � o caso de Jair Bolsonaro (PSL), que, apesar de liderar as pesquisas, tem apenas sete segundos de tev�, e Marina Silva (Rede), com quatro segundos, ambos sem nenhum indicativo de alian�a com outras legendas.

Inje��o de �nimo
 
A sinaliza��o emitida pelo apoio do PTB tamb�m d� f�lego para que Alckmin avance nas negocia��es com o chamado “centr�o”, grupo que inclui DEM, Solidariedade e PP. “Uma nova alian�a, al�m de mais tempo de exposi��o, sempre traz perspectiva de poder. Ao aparecer mais, aumentam as chances de que Alckmin chegue ao segundo turno. Quando ele mostra que est� crescendo e que consegue atrair apoio, outros partidos tendem a entrar no barco dele”, explicou o cientista pol�tico Andr� C�sar, consultor da Hold Assessoria Legislativa.

Do centr�o, o mais inclinado ao tucano atualmente � o DEM, que pode conseguir emplacar um vice, caso se junte a Alckmin. O nome do deputado Mendon�a Filho (DEM-PE), ex-ministro da Educa��o, tem sido sondado para ocupar o posto, em uma eventual chapa. Al�m disso, a agenda econ�mica de Alckmin � mais compat�vel com a do centr�o, em especial com a do DEM, do que a de Ciro Gomes, o que facilita na hora de chegar a um consenso sobre o direcionamento de pautas importantes.

 Press�o


As conven��es partid�rias, fase durante a qual as alian�as ser�o oficializadas, come�am amanh� e v�o at� 5 de agosto. Esse � o prazo limite para que as chapas sejam fechadas. Na avalia��o de C�sar, Alckmin deve ser o primeiro a anunciar a chapa, embora ainda n�o tenha consolidado todas as alian�as que devem avan�ar. “Ele deve continuar querendo mostrar que n�o est� para brincadeira, que � a op��o mais consolidada”, explicou o especialista.

Al�m do calend�rio apertado, o an�ncio do PTB trouxe mais press�o �s legendas que ainda n�o se decidiram. “Ningu�m quer ser o �ltimo a definir o apoio, porque isso significa perder poder”, ressaltou o cientista pol�tico S�rgio Pra�a, da Funda��o Getulio Vargas (FGV). A l�gica � que os partidos que fecham primeiro mandam o recado de que est�o subindo junto com Alckmin. Assim, caso o tucano ven�a, eles ter�o melhores “recompensas” depois, por terem confiado nele primeiro. Ou seja, o partido que deixar para apoiar por �ltimo algum candidato que venha a ganhar a disputa ser�, tamb�m, o �ltimo na lista de prioridade quando ele for distribuir os minist�rios, por exemplo.

Em rela��o a isso, Alckmin afirmou ontem que n�o negociou com PTB espa�o governamental, como pastas e secretarias. O assunto veio � tona durante a coletiva, quando o tucano foi questionado sobre o fato de o PTB estar na mira da Justi�a, com a Opera��o Esp�rio, que investiga fraudes em registros sindicais, e ter protagonizado esc�ndalos no Minist�rio do Trabalho nos �ltimos meses. Alckmin afirmou que “todos os partidos t�m bons quadros” e garantiu que vai “buscar os melhores deles”. “O partido tem bons prefeitos, bons parlamentares”, disse.
 
Ataques a Meirelles


O senador Renan Calheiros (MDB-AL) n�o para de direcionar ataques contra o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pr�-candidato do partido � Presid�ncia da Rep�blica. “Henrique Meirelles nos rebaixa. Tem 1% dos votos, que atrapalha as alian�as... Vamos mostrar que o partido n�o est� � venda”, disse Renan em um novo v�deo encaminhado na noite de ontem para os integrantes do partido com direito a voto na conven��o do MDB no pr�ximo dia 2, onde pede que eles n�o transformem o partido em uma “legenda de aluguel”.

Fontes pr�ximas ao parlamentar contam que, desde quinta-feira passada, Renan vem telefonando para os integrantes do partido, alegando que Meirelles n�o � origin�rio do partido e, sim, do mercado financeiro. Ele, inclusive, declarou apoio ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), preso na sede da Pol�cia Federal em Curitiba.

Para especialistas, a atitude de Renan mostra uma estrat�gia pol�tica de sobreviv�ncia uma vez que ele e seu herdeiro, Renan Filho, atual governador de Alagoas, buscam se reeleger no estado, e ganhar mais influ�ncia dentro da legenda, pois ambos lideram as pesquisas de inten��o de voto. O senador, no entanto, � investigado pela Pol�cia Federal por den�ncias no �mbito da Opera��o Lava-Jato e h� mais de 15 processos abertos contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF).

Meirelles, por sua vez, n�o ficou quieto e deu o troco ontem: “Tenho ouvido que essa opini�o manifestada pelo senador me favorece, pois mostra um combate de biografias. A minha � limpa. Fui presidente do Banco Central, ajudei os brasileiros a sa�rem da pobreza. No Minist�rio da Fazenda, tirei o Brasil da maior recess�o. Tenho uma carreira inquestion�vel”, disse o pr�-candidato em um evento em Bras�lia. 


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