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Estado de Minas

Tucanos e Centr�o est�o em rumos opostos nesta elei��o

Apoio do bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade � campanha de Geraldo Alckmin encontra fragmenta��o em alguns estados. Minas Gerais, Goi�s e Santa Catarina s�o os principais exemplos


postado em 24/07/2018 09:14 / atualizado em 24/07/2018 09:35

(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
(foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

A uni�o entre o PSDB e o Centr�o — bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade — deve garantir preciosos minutos a Geraldo Alckmin no hor�rio eleitoral no r�dio e na televis�o, mas n�o palanques. Desde as costuras para a forma��o da alian�a, os tucanos foram alertados sobre a autonomia das campanhas estaduais. Em pelo menos metade das 27 unidades da Federa��o, � poss�vel que a coliga��o em �mbito federal d� espa�o para disputas entre candidatos apoiados pelos tucanos ou por pol�ticos do bloc�o. O impacto disso pode limitar e enfraquecer os palanques de Alckmin nos estados.

Minas Gerais, Goi�s e Santa Catarina s�o alguns dos exemplos da fragmenta��o. Nos tr�s estados, h� uma disputa entre candidatos a governador do PSDB e do DEM. Em Minas, o senador tucano Antonio Anastasia concorre contra o deputado Rodrigo Pacheco (DEM). Em Goi�s, a rivalidade � entre o atual governador, Jos� Eliton (PSDB), e o senador Ronaldo Caiado (DEM). Em Santa Catarina, o senador Paulo Bauer (PSDB) disputa com o deputado Jo�o Paulo Klein�bing (DEM).

Mesmo em S�o Paulo, reduto eleitoral de Alckmin, a alian�a nacional tamb�m se mostra dividida. O PR prometeu apoio ao PSB, do governador M�rcio Fran�a, enquanto o candidato tucano, Jo�o Doria, conta com o apoio de DEM, PP e PRB. Tamb�m � poss�vel observar o esfacelamento entre prefer�ncias de parlamentares por outros presidenci�veis.

Boa parte da bancada do PR no Congresso prefere o apoio a Jair Bolsonaro, do PSL, do que Alckmin. A exemplo do senador Magno Malta (ES), vice-l�der da legenda na Casa, que foi cotado a ser vice na chapa com o presidenci�vel. O efeito pr�tico disso pode ser a aus�ncia de parlamentares nos palanques com o tucano.

Entraves

A fragmenta��o da alian�a nos estados � disseminada entre as regi�es. Mas o Nordeste promete ser o verdadeiro problema para os tucanos. O cen�rio tra�ado na maioria dos estados aponta para apoio de partidos do Centr�o ao PT, do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, ou ao PDT, de Ciro Gomes, ou ao PCdoB, de Manuela D’�vila, no Maranh�o.

Na Bahia, por exemplo, PP e PR v�o apoiar o governador petista, Rui Costa, � reelei��o. O l�der do PR na C�mara, deputado Jos� Rocha, � filiado � legenda no estado e reconhece a falta de sintonia do Centr�o nas campanhas estaduais, mas n�o acredita que a campanha de Alckmin sofrer� grandes turbul�ncias. “O impacto n�o � muito grande. Onde n�o tiver o apoio de todos os cinco partidos do Centr�o, ter� entre dois e quatro”, sustentou.

Para garantir maior presen�a no Nordeste, o PSDB almeja lan�ar uma candidatura em Pernambuco, para se somar � do Cear�, do pr�-candidato general Guilherme Teophilo. A ideia seria abandonar a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB), diz o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), primeiro vice-l�der da legenda na C�mara. “Havia uma sinaliza��o de Armando apoiar Lula e isso deixou o PSDB um pouco constrangido. Mas ele j� fez movimentos ao contr�rio, de que pode apoiar Geraldo. Vamos ver como a equa��o fica. N�o tem rompimento, mas h� um desconforto neste instante”, afirmou.

A fragmenta��o entre PSDB e o Centr�o nos estados, no entanto, n�o incomoda Gomes. Para ele, os minutos na propaganda eleitoral gratuita que a alian�a a n�vel nacional garantir�o ser�o suficientes para desconstruir a narrativa da esquerda e emplacar as propostas tucanas para o pa�s. “Com isso, conseguiremos confrontar o PT no Nordeste e criar musculatura para a campanha de Geraldo. O eleitor gosta de candidatos fortes. Se os partidos do Centr�o perceberem um crescimento nosso, ainda haver� a possibilidade de darem meia-volta e nos apoiar”, ponderou o primeiro vice-l�der tucano.

O esfacelamento da uni�o nos estados, por sua vez, n�o � de todo ruim. Pode evitar que a campanha tucana, j� composta de caciques investigados por corrup��o, se desgaste ainda mais caso se envolva com algum candidato enrolado na Lava-Jato. Na balan�a eleitoral do Centr�o, no entanto, s�o fatores como esses que podem colocar em xeque a capacidade dos minutos de televis�o em alavancar a campanha tucana, adverte o cientista pol�tico Paulo Calmon, professor da Universidade de Bras�lia (UnB). “A popula��o vive um momento �nico na hist�ria recente do pa�s no que tange ao sistema eleitoral e aos pol�ticos. Teremos uma elei��o com caracter�sticas pr�prias. Achar que o mecanismo da propaganda eleitoral ter� esse poder todo � um pretexto forte”, ponderou.


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