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Estado de Minas

Tend�ncia de recorde de votos brancos e nulos deve exigir menos para elei��o de deputado

Aumento da absten��o nas urnas, que deve chegar a 50% este ano, reduz �ndice para garantir vaga no Legislativo e d� vantagem aos parlamentares que buscam reelei��o


postado em 19/08/2018 06:00 / atualizado em 19/08/2018 07:43

(foto: Elza Fiuza/Agencia Brasil )
(foto: Elza Fiuza/Agencia Brasil )

Recha�ados em cidades de porte m�dio e grande por um a cada tr�s eleitores com quem interagem, deputados federais e estaduais que lutam pela reelei��o t�m de redobrar os argumentos para demonstrar o que fizeram nas respectivas bases eleitorais.

Mas se por um lado conquistar o apoio popular est� mais dif�cil, por outro, parlamentares projetam um menor aproveitamento dos votos, – com o aumento de absten��es, votos brancos e nulos – o que tamb�m provocar� a queda do quociente eleitoral: candidatos precisar�o de muito menos votos para reconquistar a mesma cadeira do que em elei��es anteriores.

Em Minas, as proje��es sugerem a queda de participa��o pol�tico-eleitoral e dos votos v�lidos para 50% do conjunto do eleitorado de 15.700.966 aptos a votar, o que levar� a uma redu��o de aproximadamente 30% do quociente eleitoral registrado nas elei��es gerais de 2014 para deputado estadual e deputado federal.

Se confirmado o progn�stico, ser�o necess�rios cerca de 102 mil votos para que um partido ou coliga��o conquiste uma cadeira na Assembleia. E, para a bancada federal mineira na C�mara dos Deputados, ser� de aproximadamente 148 mil votos o quociente eleitoral.

As proje��es baseadas nas �ltimas elei��es suplementares e na evolu��o da participa��o pol�tica nas vota��es ao longo das �ltimas d�cadas s�o sugestivas de que a curva da participa��o pol�tico-eleitoral ainda est� em tend�ncia de queda.

Na mais recente e marcante delas, o segundo turno para o governo do estado de Tocantins, em 24 de junho, votos brancos, nulos e absten��o somaram 51,83% do eleitorado.

E embora sejam as primeiras prefer�ncias a serem registradas pelo eleitor na longa “c�dula” das urnas nestas elei��es gerais – as elei��es proporcionais para deputado federal e estadual despertam menor interesse do que o pleito presidencial.

Em 2014, o aproveitamento dos votos para deputado estadual em Minas Gerais foi de 68,3% e, para deputado federal, de 66,4%, uma redu��o, nesta ordem, de 10,4% e 9,4% em rela��o � elei��o geral de 2002, a primeira completamente informatizada.

Se votos v�lidos para as elei��es de deputado federal em Minas no pr�ximo 7 de outubro ficaram em torno de 50% em rela��o ao conjunto dos 15.700.966 eleitores, o quociente eleitoral ser� de aproximadamente 148 mil votos contra 190.918 necess�rios em 2014 para que um partido ou coliga��o elegesse um s� parlamentar para a C�mara dos Deputados.

Se mantida a mesma proje��o de votos v�lidos para a Assembleia Legislativa de Minas, o quociente eleitoral ficar� em torno de 102 mil, contra 135.127 registrado em 2014.



Em vantagem


Nesta corrida por uma cadeira na Assembleia Legislativa e na C�mara dos Deputados, parlamentares no exerc�cio do mandato saem em ampla vantagem, j� que contam com a infraestrutura de gabinete oferecida pelos legislativos, e a possibilidade de indica��o de recursos or�ament�rios para as suas bases eleitorais.

No caso espec�fico dos deputados federais, ainda t�m entre R$ 1,5 milh�o e R$ 2 milh�es do fundo eleitoral disponibilizado pelas dire��es partid�rias, focadas exclusivamente em eleger bancadas federais, j� que delas dependem para ter acesso aos recursos disponibilizados para a atividade pol�tica: o fundo partid�rio, o fundo eleitoral e o tempo de antena para a propaganda partid�ria e a propaganda eleitoral.

Da� explicam-se as baixas taxas de renova��o, que devem se manter nestas elei��es.

“Estando ou n�o no exerc�cio do mandato, � grande hoje a dificuldade em se conseguir voto. Pela descren�a da pol�tica, temos de bater de porta em porta, escolher lideran�as que v�o pedir o voto. � um momento muito dif�cil”, afirma o deputado estadual Dilzon Mello, presidente estadual do PTB.

A legenda, que nas elei��es passadas formalizou para a Assembleia Legislativa uma coliga��o com o Solidariedade, conquistou tr�s cadeiras, registrando a maior linha de corte entre todas as chapas para as elei��es de deputado estadual: 76.551 votos.

Neste pleito, ap�s estudar os candidatos de cada chapa, o PTB optou por se coligar ao PMN, fugindo do chamado bloc�o, que agrega na chapa proporcional em torno do PSDB, o PSD, PPS, PP, DEM e SD.

“Trabalhamos este ano com uma linha de corte de 40 mil para a Assembleia. Nesse bloc�o seriam necess�rios um m�nimo de 60 mil votos. E olha, 20 mil de diferen�a, no atual contexto, � um abismo intranspon�vel”, sustenta Dilzon Mello.

Em 2014, a coliga��o DEM, PSDB, PP, PSD e PPS elegeu na Assembleia Legislativa 21 deputados estaduais. O �ltimo a conquistar uma cadeira obteve 58.088 votos.

Formada pelo PT, Pros, MDB, PRB, essa chapa “polarizou” a briga pelas cadeiras do Legislativo estadual: elegeu 23 deputados estaduais e registrou a linha de corte de 43.301 votos, em ordem crescente, a sexta mais vantajosa no ranking de 12 chapas que elegeram deputados estaduais.

Naquele pleito, o melhor “neg�cio” foi feito pela chapa PRP, PEN e PHS, que conquistou duas cadeiras, uma com apenas 25.394 votos.

O PCdoB, que este ano repete a chapa “solo” para a Assembleia, registrou em 2014 a segunda menor linha de corte: conquistou tr�s cadeiras, a �ltima com apenas 36.344 votos.

Para a C�mara dos Deputados, a chapa PSC, PTC e PSL conquistou em 2014 duas cadeiras e obteve a menor linha de corte: 45.381 votos. Enquanto a chapa PT, MDB, PC do B, Pros e PRB elegeu 18, o �ltimo com 57.921 votos; no bloc�o do PSDB, DEM, PP, PR, PSD e SD foram 21 deputados federais eleitos, o �ltimo a conquistar cadeira com 83.628 votos.


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