O candidato do PDT � Presid�ncia, Ciro Gomes, declarou nesta ter�a-feira, 18, que, apesar de terem um passado de proximidade e alian�a, seu projeto de governo n�o � o mesmo do PT de Fernando Haddad. O pedetista tamb�m considera o apelo ao voto �til, pregado desde j� por parte dos advers�rios, um "insulto � experi�ncia popular".
Questionado por jornalistas sobre a declara��o, o ex-governador do Cear� tentou se desvencilhar. "Sim, se olhar para os �ltimos 16 anos, estivemos juntos e tentei ajudar. Mas o projeto que eu advogo para o Brasil n�o � o mesmo do PT. Quero ajudar a popula��o a por um fim nessa viol�ncia odienta, nesse sectarismo e radicaliza��o pol�tica que infelizmente est� levando nossa economia para o brejo", disse.
Ciro participa, nesta manh�, de um encontro na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci�ncia (SBPC), na regi�o central da capital paulista. Antes da reuni�o, o pedetista tamb�m rebateu qualquer estrat�gia para atrair o voto de Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) para evitar a vit�ria do PT ou de Jair Bolsonaro (PSL). "Para um democrata, a presun��o � confian�a no voto popular. Ent�o, acredito que essa hist�ria de voto �til � um insulto � experi�ncia popular", criticou.
"Eu n�o quero ser eleito por algu�m que botou a m�o no nariz e votou em mim porque n�o queria votar em outro. Quero ser eleito porque represento a sa�da para o Brasil, que precisa restaurar o di�logo e acabar com essa amea�a fascista que n�o � nem tanto o Bolsonaro, mas o vice dele, que est� deixando clara essa posi��o", disse, enumerando as declara��es dadas na v�spera pelo General Hamilton Mour�o.
Na segunda-feira, Mour�o disse, por exemplo, que fam�lias pobres "onde n�o h� pai e av�, mas, sim, m�e e av�" s�o "f�bricas de desajustados" que fornecem m�o de obra ao narcotr�fico.