
Primeiro colocado nas pesquisas eleitorais para presidente da Rep�blica, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) conseguiu emplacar uma reportagem de capa na The Economist, uma das publica��es mais respeitadas pelo mercado financeiro no mundo. S� que ele � apontado nela como a “mais recente amea�a para a Am�rica Latina” e um poss�vel presidente “desastroso” para o Brasil.
O texto fala sobre a necessidade de reformas vivida pelo pa�s e faz uma an�lise da ascens�o de Bolsonaro como presidenci�vel. Para The Economist, que j� falou dele em outras reportagens, o candidato se tornou op��o em um cen�rio em que as finan�as est�o sob press�o e a pol�tica est� “podre”.
A publica��o descreve Bolsonaro como um “populista de direita” que pode piorar ainda mais as coisas. “Promete a salva��o. Na verdade, ele � uma amea�a para o Brasil e para a Am�rica Latina”, diz.
Clube de Trump
Segundo a revista, Bolsonaro seria um novo membro de um clube de populistas que tem o presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, Rodrigo Duterte, nas Filipinas, e Matteo Salvini, na It�lia.
A an�lise aponta que Bolsonaro se aproveitou de um ambiente de desastre econ�mico e com v�rios esc�ndalos de corrup��o, terreno f�rtil para o surgimento de novos “messias”, que ali�s, � o nome do meio do deputado.
Pol�micas
A publica��o lembra o estilo verborr�gico e pol�mico do parlamentar, citando momentos como a fala dele sobre a deputada Maria do Ros�rio, que para ele ‘n�o merece ser estuprada por ser feia’ e de que ele preferia um filho morto a um filho gay. O caso da ofensa aos negros, chamados de “gordos e pregui�osos” tamb�m � lembrado.
Crist�o, evang�lico e capit�o do Ex�rcito, Bolsonaro se apresenta como op��o, ao misturar conservadorismo social e liberalismo econ�mico.
Governos autorit�rios
A revista segue dizendo que Bolsonaro flerta com a ditadura e tem um vice general. O perfil lembra o voto dele no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando ele dedicou o coto ao torturador Brilhante Ustra.
A publica��o diz que a Am�rica Latina j� experimentou governos autorit�rios, misturando uma economia liberal, com Augusto Pinochet no Chile, e cita as dificuldades na Venezuela e Nicar�gua.
The Economist conclui o artigo dizendo que os brasileiros precisam entender que restaurar a democracia e fazer as reformas necess�rias n�o ser� tarefa f�cil ou r�pida e tomar cuidado para n�o cair em promessas de um “pol�tico perigoso”.