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Estado de Minas

Pol�cia Federal indicia Michel Temer e pede pris�o preventiva do coronel Lima

Presidente e outras 10 pessoas s�o investigados por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa no inqu�rito dos Portos


postado em 16/10/2018 20:08 / atualizado em 16/10/2018 21:28

Investigação aponta que decreto editado por Temer teria beneficiado empresas citadas no inquérito dos Portos(foto: Spencer Platt/AFP)
Investiga��o aponta que decreto editado por Temer teria beneficiado empresas citadas no inqu�rito dos Portos (foto: Spencer Platt/AFP)
A Pol�cia Federal indiciou o presidente Michel Temer, a sua filha Maristela de Toledo, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), o coronel reformado da Pol�cia Militar Jo�o Baptista Lima Filho (amigo do presidente conhecido como coronel Lima) e arquiteta Maria Rita Fratezi (mulher do coronel), al�m de executivos da Rodrimar e do grupo Libra no �mbito das investiga��es do inqu�rito dos Portos, que apura se houve favorecimento a empresas do setor portu�rio na edi��o de um decreto de 2017.

Ao todo, 11 pessoas foram indiciadas pela PF, que entregou nesta ter�a-feira, 16, a conclus�o das investiga��es ao gabinete do ministro Lu�s Roberto Barroso, relator do caso.

A Pol�cia Federal tamb�m pediu a Barroso o bloqueio de bens de todos os indiciados - inclusive de Temer - e a pris�o preventiva de quatro deles: do coronel Lima e sua mulher, al�m de Carlos Alberto Costa e Almir Martins Ferreira, que atuaram respectivamente como s�cio e contador do coronel. O ministro vai aguardar um parecer da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) para decidir sobre esses pedidos. A PGR tem 15 dias para se manifestar.

Segundo Barroso, o relat�rio da PF aponta a ocorr�ncia dos crimes de corrup��o passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa. A organiza��o criminosa seria dividida em quatro n�cleos: pol�tico, administrativo, empresarial (ou econ�mico) e operacional (ou financeiro).

Em seu despacho, o ministro destaca que a PF afirmou ter produzido provas de "naturezas diversas" que "inclu�ram colabora��es premiadas, depoimentos, informa��es banc�rias, fiscais, telem�ticas e extratos de telefone, laudos periciais, informa��es e pronunciamentos do Tribunal de Contas da Uni�o" sobre as irregularidades no decreto dos Portos.

A PF, diz Barroso, teria apurado fatos ao longo do inqu�rito "envolvendo propinas em esp�cie, propinas dissimuladas em doa��es eleitorais, pagamentos de despesas pessoais por interpostas pessoas - f�sicas e jur�dicas -, atua��o de empresas de fachada e contratos fict�cios de presta��o de servi�os, em meio a outros." A reportagem est� entrando em contato com os indiciados para saber se eles v�o se pronunciar.

Hist�rico

O inqu�rito dos Portos foi instaurado, em setembro de 2017, a pedido do ent�o procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot. Ao autorizar a abertura da investiga��o, Barroso pontuou que "os elementos colhidos revelam que Rodrigo Rocha Loures" menciona pessoas que poderiam ser intermedi�rias de repasses il�citos para o pr�prio presidente da Rep�blica, em troca da edi��o de "ato normativo de espec�fico interesse de determinada empresa, no caso, a Rodrimar S/A".

Ainda em dezembro de 2017, o delegado Cleyber Malta solicitou pela primeira vez a prorroga��o da investiga��o. A investiga��o foi prorrogado por outras quatro vezes e durante seu andamento passou por percal�os que resultaram na queda no ent�o diretor-geral da Pol�cia Federal Fernando Segovia. Em entrevista � ag�ncia Reuters, em fevereiro deste ano, Segovia disse que a tend�ncia era que o inqu�rito fosse arquivado por falta de provas. A declara��o causou uma rebeli�o entre os delegados do grupo que atua perante o STF e resultou a sa�da de Segovia do comando da PF.

Ap�s o desentendimento e a sa�da de Segovia, o delegado Malta continuou com a investiga��o e fechou o cerco sobre as rela��es entre o presidente Temer e o coronel Lima. Em mar�o, em um desdobramento da apura��o, a PF chegou a prender o coronel Lima, o ex-assessor de Temer Jos� Yunes e executivos da Rodrimar e do Grupo Libra.

A a��o foi batizada de opera��o Skala e conseguiu amealhar informa��es sobre a rela��o de Temer e o coronel Lima. Dentre eles, a PF conseguiu tra�ar uma liga��o entre a reforma na casa de Maristela Temer, filha do presidente, e o coronel.

Chamado para depor, o engenheiro Luis Eduardo Visani, respons�vel pela obra, confirmou ao delegado Malta que a obra foi paga "em dinheiro vivo", na sede da Argeplan, empresa do coronel. "Que os pagamentos, de fato, totalizaram aproximadamente R$ 950 mil, conforme c�pia de recibos apresentados, os quais foram recebidos em parcelas diretamente no caixa da empresa Argeplan", relatou Visani.

VEJA A LISTA DOS INDICIADOS

1. Michel Miguel Elias Temer Lulia

2. Rodrigo Santos da Rocha Loures

3. Ant�nio Celso Grecco

4. Ricardo Conrado Mesquita

5. Gon�alo Borges Torrealba

6. Jo�o Baptista Lima Filho

7. Maria Rita Fratezi

8. Carlos Alberto Costa

9. Carlos Alberto Costa Filho

10. Almir Martins Ferreira

11. Maristela de Toledo Temer Lulia

VEJA A LISTA DE QUEM A PF PEDIU A PRIS�O PREVENTIVA

1. Jo�o Baptista Lima Filho

2. Carlos Alberto Costa

3. Maria Rita Fratezi

4. Almir Martins Ferreira


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