
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Fernando Haddad, candidato do PT � Presid�ncia da Rep�blica, atacou o advers�rio na corrida eleitoral, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), chamando-o de “amea�a � democracia”. Ali�s, durante quase todo o evento, o ex-prefeito de S�o Paulo se revezou entre criticar o militar reformado do Ex�rcito e defender seu partido de integrar o esquema de corrup��o da Petrobras e da crise econ�mica.
O apresentador do programa, o jornalista Ricardo Lessa, lembrou que Bolsonaro foi chamado para participar do programa ou ser entrevistado em casa, mas n�o aceitou. “Meu advers�rio � uma pessoa que cultua a tortura", apontou Haddad, logo na primeira participa��o. Ele aproveitou para criticar as �ltimas declara��es do advers�rio e de Eduardo Bolsonaro. "Ele (Jair Bolsonaro) � uma pessoa que est� se cercando de uma mil�cia, inclusive os filhos dele."
Haddad lembrou que personalidades ligadas � democracia, depois das falas de pai e filho, vieram prestar apoio a ele, como ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a candidata da Rede, Marina Silva. Ali�s, aproveitou para elogiar o trabalho de Marina � frente do Minist�rio do Meio Ambiente e, mais uma vez, apontar uma falha no programa de Bolsonaro, sobre unir a pasta com a Agricultura. “Isso vai fazer investidores externos se afastarem do Brasil pela falta de compromisso com o meio ambiente”, teorizou.
Sobre apoios, Haddad teve que responder sobre a negativa do PT de formar uma alian�a com Ciro Gomes (PDT). “Eu era um dos petistas que apoiava o Ciro como candidato. 'Por que n�o pensar numa chama Lula/Ciro?', questionei � �poca”, explicou o pol�tico. Um dos integrantes da bancada foi o jornalista Vicente Nunes, editor-executivo do Correio, que abordou o sentimento antipetista existente nas elei��es e a falta de um mea culpa do PT em rela��o � corrup��o. “Fiz cr�ticas p�blicas � quest�o da Petrobras”, insistiu Haddad.
Programa de governo
Em um dos raros momentos de debate sobre programa de governo, o ex-ministro da Educa��o falou sobre economia, e novamente respondeu a Vicente Nunes. “Eu proponho uma reforma banc�ria, o que a Dilma (Rousseff, ex-presidente) n�o fez”, disse. Segundo o candidato, ao colocar a autonomia do Banco Central no programa petista ao fim do primeiro turno, ele teve como objetivo incluir o “esp�rito de corrigir a reda��o em nome da clareza”. “Al�m de controlar a infla��o, o Banco Central vai ter a obriga��o de fazer a reforma banc�ria”, argumentou.