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Estado de Minas POL�TICA

MP vai apurar 'canal de den�ncias' contra professores criado por deputada do PSL

Ana Caroline Campagnolo divulgou uma imagem em redes sociais para pedir que v�deos e informa��es com manifesta��es 'pol�tico-partid�rias ou ideol�gica' de professores sejam repassados por estudantes


postado em 29/10/2018 17:26 / atualizado em 29/10/2018 17:55

(foto: Reprodução/Facebook)
(foto: Reprodu��o/Facebook)

O Minist�rio P�blico de Santa Catarina (MPSC) vai apurar a conduta da deputada estadual eleita, Ana Caroline Campagnolo (PSL), que criou um canal informal de den�ncias na internet com o intuito de gravar professores em sala de aula.

A 25ª Promotoria de Justi�a de Florian�polis instaurou hoje, de of�cio, procedimento para verificar "poss�vel viola��o ao direito � educa��o dos estudantes catarinenses para ado��o das medidas cab�veis", de acordo com a assessoria de imprensa do MPSC.

Ontem, ap�s a vit�ria do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Campagnolo divulgou uma imagem em redes sociais para pedir que v�deos e informa��es com manifesta��es "pol�tico-partid�rias ou ideol�gica" de professores sejam repassados por estudantes para o seu n�mero de celular com o nome do docente, da escola e da cidade. "Garantimos o anonimato dos denunciantes", garante a deputada no texto.

Na publica��o, Campagnolo diz que hoje � o dia em que "professores e doutrinadores estar�o inconformados e revoltados" com o resultado da elei��o presidencial.

"Muitos deles n�o conter�o sua ira e far�o da sala de aula um audit�rio cativo para suas queixas pol�tico partid�rias em virtude da vit�ria de Bolsonaro. Filme ou grave todas as manifesta��es pol�tico-partid�rias ou ideol�gica."

Na legenda, ela afirma ainda que "professores �ticos e competentes n�o precisam se preocupar". E faz uma pondera��o para que v�deos de outros Estados n�o sejam mais enviados para o seu n�mero, alegando que isso j� estava sendo feito na noite de hoje. "N�o temos como administrar tantos conte�dos. Alunos que sentirem seu direitos violados podem usar gravadores ou c�meras para registrar os fatos", orienta.

Nos coment�rios da publica��o, Campagnolo afirmou que as imagens enviadas para o seu celular n�o ser�o divulgadas, e sim utilizadas para uma "investiga��o" e para que sejam verificadas as "medidas cab�veis em cada caso". "N�o queremos gravar uma novela, mo�a", disse para outra internauta.

Historiadora, Campagnolo processou a professora Marlene de F�veri, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e sua ex-orientadora no mestrado, em 2016, por suposta "persegui��o ideol�gica".

O caso, que marcou as discuss�es acerca do movimento Escola Sem Partido, foi julgado improcedente em setembro deste ano pelo 1º Juizado Especial C�vel de Chapec� (SC), mas a atual deputada recorreu. Fav�ri, por sua vez, protocolou uma queixa-crime contra Campagnolo por cal�nia e difama��o.

A aprova��o do projeto Escola Sem Partido no Congresso tamb�m � uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro. O movimento j� foi contestado em outras ocasi�es pela Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), Minist�rio P�blico Federal (MPF) e associa��es de professores.


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