O governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), come�ou a tomar forma ontem no Rio, em reuni�o na casa do empres�rio Paulo Marinho. Integrantes do grupo de transi��o decidiram que os minist�rios ser�o no m�ximo 16, pela fus�o ou extin��o de pastas. Haver� um superminist�rio da Economia, juntando Fazenda, Planejamento e Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os. Agricultura e Meio Ambiente tamb�m ser�o fundidos. As propostas j� estavam no desenho original do programa apresentado na campanha, mas foram repensadas na semana passada, ap�s Bolsonaro ter recebido cr�ticas.
"O presidente j� tem uma lista de nomes (de ministros) e est� fazendo a defini��o final. Acredito que nos pr�ximos dias, Bolsonaro deva liberar mais alguns nomes. Na segunda-feira, o presidente, depois de tomar decis�o, vai nos permitir divulgar toda a estrutura", afirmou Lorenzoni � tarde, na porta da casa do empres�rio Paulo Marinho, no Jardim Bot�nico, zona sul do Rio, onde Bolsonaro chegou por volta de 10h30 para a reuni�o. Ao deixar o local, o futuro ministro-chefe da Casa Civil negou que Bolsonaro tenha voltado atr�s na decis�o sobre fus�es de minist�rios.
Lorenzoni confirmou que vai nesta quarta-feira, 31, a Bras�lia para a reuni�o com o atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O encontro dar� in�cio ao processo de transi��o do governo. Lorenzoni informou ainda que Bolsonaro dever� ir a Bras�lia na ter�a-feira. Ele afirmou que este ser� um governo "de absoluta uni�o" e que ir� trabalhar em sintonia.
O ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que h� "um nome muito forte para Educa��o", mas que ainda est� sendo estudado quem ir� para a pasta da Sa�de. "Ningu�m est� com pressa para indicar nada. O governo s� come�a em 1.º de janeiro. Agora preocupa��o � montar equipe de mais linha de frente, digamos assim, e depois � come�ar o trabalho", afirmou.
Unifica��o
Outra ideia discutida na reuni�o, segundo o vice-presidente eleito, Hamilton Mour�o (PRTB), foi unificar Educa��o com Esporte e Cultura. Mour�o disse que, no entanto, pastas tradicionais dever�o permanecer com atua��o isolada, como � o caso de Sa�de, Trabalho e Minas e Energia.
"Tem minist�rio tradicional que n�o pode acabar e n�o se pode juntar tr�s ou quatro coisas pra virar um Frankenstein. Tem de ter harmonia na jun��o", comentou Mour�o. Questionado se o Banco Central perderia o status de minist�rio, o general explicou que o BC "vai ser independente e, com isso, n�o ser� mais minist�rio".