
A suposta economia de R$ 5 milh�es mensais com a desativa��o do Pal�cio Tiradentes – um dos pr�dios do complexo da Cidade Administrativa – foi rebatida nesta sexta-feira pela equipe de transi��o do governo Romeu Zema (Novo). Integrantes do grupo fizeram um vistoria no local durante esta manh� para verificar a possibilidade de reinstalar o gabinete do governador a partir de janeiro.
Para o vereador Mateus Sim�es (Novo), coordenador da equipe de transi��o, a mudan�a para o Pal�cio da Liberdade resultou em mais gastos para os cofres p�blicos.
“Foi publicado na imprensa que essa transfer�ncia se deu para economizar R$ 5 milh�es por ano e definitivamente n�o � verdade. O pal�cio continua mantido. O que temos de economia aqui � a conta de energia, porque as luzes est�o apagadas”, afirmou.
“Temos um problema log�stico s�rio. O governador est� a 30 quil�metros dos secret�rios, um delocamento cont�nuo de helic�ptero para cerim�nias que acontecem aqui (Cidade Administrativa) e isso representa custo. Temos um outro pal�cio sendo mantido hoje, que � o da Liberdade, para despachos, enquanto esse pal�cio aqui tem toda a estrutura dele de manuten��o sendo custeada”, continou o parlamentar.
Durante a campanha para o governo, Zema disse que despacharia no Pal�cio Tiradentes e avisou que n�o vai morar no Pal�cio Mangabeiras, que consome R$ 30 milhoes anuais dos cofres p�blicos. O governador eleito afirmou que vai alugar ou comprar im�vel pr�ximo � Cidade Administrativa, localizada no bairro Serra Verde, regi�o Norte de Belo Horizonte.
O Pal�cio Tiradentes foi desativado no governo Fernando Pimentel (PT) com a alega��o que a medida iria reduzir em pelo menos 40% os gastos com insumos diversos, manuten��o rotineira e consumo de �gua e energia el�trica.
O pr�dio abrigava o gabinete do governador e militar – que foram transferidos para a antiga sede na Pra�a da Liberdade – e a vice-governadoria (transferida para a sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, o BDMG).
A mudan�a envolveu ainda cerca de 150 servidores das secretarias de estado de Governo (Segov), da Casa Civil e de Rela��es Institucionais e da Secretaria Geral de Governo, que foram transferidos para os outros pr�dios do complexo, o Minas e o Gerais.
O Tiradentes tamb�m abrigava os setores de cerimonial e assessoria de imprensa do governador, transferidos para o Pal�cio da Liberdade.
Pouco esfor�o
Mateus Sim�es informou ainda que a equipe vai requerer da atual administra��o que prepare o Pal�cio Tiradentes para que o empres�rio j� inicie os despachos no local em 2 de janeiro – dia seguinte � posse no governo de Minas Gerais. Durante a visita, o grupo encontrou poucos problemas, como infiltra��es e vazamentos no �ltimo andar e sujeira.“Parece que com pouco esfor�o � poss�vel que em janeiro o governador j� esteja despachando daqui para que a gente possa desativar definitivamente o Pal�cio da Liberdade, junto com o das Mangabeiras”, afirmou Mateus Sim�es.
Segundo ele, os m�veis foram mantidos no pr�dio e a parte el�trica est� funcionando normalmente. No entanto, seria necess�rio reinstalar a parte de inform�tica e uma verifica��o no restante da estrutura.
Em nota, a Secretaria de Planejamento e Gest�o negou que o fechamento do Pal�cio Tiradentes tenha gerado mais custos para o Estado.
"� improcedente a informa��o que a despesa de manuten��o tenha sido transferida para o Pal�cio da Liberdade, como afirma membros que comp�em a equipe de transi��o representando o governo eleito. H� na afirma��o o pressuposto equivocado de que o Pal�cio da Liberdade n�o teria manuten��o, o que n�o � verdade", diz trecho da nota.
O governo alega ainda que os cerca de 150 funcion�rios transferidos para os pr�dios Minas e Gerais ocuparam uma estrutura ociosa que gerava despesas como se fosse utilizada.
"O Pal�cio da Liberdade continua sendo utilizado para despachos di�rios do governador, realiza��o de eventos p�blicos e como local de trabalho para servidores sem aumento de custos. O governador eleito tem todo direito de optar por despachar no Pal�cio de sua escolha, mas isso implica arcar com custos de manuten��o de ambos, mesmo que sem uso", concluiu o texto.