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Estado de Minas

Bolsonaro nega press�o da bancada evang�lica para defini��o de ministros

Presidente eleito diz que gostaria de j� ter definido o seu minist�rio, mas n�o o fez por precau��o, para n�o ter de trocar depois. E garante que crit�rio de escolha � t�cnico


postado em 25/11/2018 07:00 / atualizado em 25/11/2018 07:42

Jair Bolsonaro participou da cerimônia de aniversário dos 73 anos da Brigada de Infantaria Paraquedista na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (foto: FERNANDO SOUZA/AFP)
Jair Bolsonaro participou da cerim�nia de anivers�rio dos 73 anos da Brigada de Infantaria Paraquedista na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (foto: FERNANDO SOUZA/AFP)


Rio de Janeiro – O presidente eleito negou ontem, depois de participar da cerim�nia de anivers�rio dos 73 anos da Brigada de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio, que haja press�o da bancada evang�lica ou do DEM para a defini��o de ministros.

 A afirma��o foi feita ap�s Bolsonaro ter sido perguntado se a bancada evang�lica contraindicou o educador Mozart Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna, para a pasta da Educa��o. Ele � cr�tico do projeto Escola sem Partido, uma das principais bandeiras do presidente eleito.

Para a fun��o, Bolsonaro anunciou o professor colombiano Ricardo V�lez Rodr�guez, nome desconhecido da comunidade educacional, mas que tem afinidade com o projeto. “N�o teve nenhuma press�o da bancada evang�lica. A bancada evang�lica � muito importante, n�o s� para mim, como para o Brasil. Mas essa pessoa indicada, pelo que eu sei, n�o � evang�lica, mas atende �quilo que a bancada defende como valores familiares”, disse o presidente eleito.

Bolsonaro justificou que escola “� lugar para aprender profiss�o” e ter no��es de cidadania e patriotismo e n�o de ideologia de g�nero “e forma��o de militantes”.

Bolsonaro afirmou tamb�m que ainda n�o definiu todos os nomes para o pr�ximo governo por precau��o. Ele afirmou que j� gostaria de ter definido todos os nomes para o seu minist�rio, mas que o crit�rio � t�cnico, e n�o “festa.”

“Para divulgar os outros ministros, ainda falta a gente conversar com aqueles que pretendemos colocar. Todos os minist�rios s�o importantes, isso tem que ser muito bem discutido. A gente n�o pretende anunciar os nomes e, depois, l� na frente, troc�-los. � igual a um casamento, voc� pode namorar com muitas pessoas, mas ficar noivo e se casar s� com uma, � isso que queremos”, disse ele.

“O crit�rio para preencher (os minist�rios) � t�cnico, n�o � festa. N�o t� l� para fazer um governo como os anteriores, n�o vou jogar cargo pra cima e quem se jogar na frente pega”, acrescentou.

Ele declarou ainda que o DEM n�o indicou nenhum minist�rio de seu governo, ao ser questionado sobre a escolha da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para ministra da Agricultura e do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) para a Sa�de. “Quem escolheu a Tereza Cristina foi a bancada ruralista. Quem indicou o Mandetta foi a bancada de sa�de da C�mara. Se fosse do PSDB, teria sido acolhido por mim da mesma maneira”, disse ele.

Mais M�dicos 'destruiu fam�lias’


Bolsonaro voltou a criticar o Mais M�dicos, dizendo que o programa “destruiu fam�lias.” “H� muitos cubanos que t�m fam�lias l� em Cuba e j� constitu�ram fam�lias aqui. Esse projeto destruiu fam�lias. Tamb�m tem muita mulher cubana que est� aqui h� um ano sem ver o seu filho. Isso � mais do que tortura, � um ato criminoso praticado pelo governo de Cuba e pelo desgoverno do PT”, afirmou.

Bolsonaro afirmou que o Brasil n�o pode deixar pessoas vivendo em regime “de semiescravid�o”, referindo-se ao programa. “Qualquer um de fora que trabalhe aqui tem que ser submetido �s mesmas leis que voc�s. N�o podem confiscar sal�rios, afastar fam�lias”, declarou.

O deputado ressaltou tamb�m que o governo do presidente Michel Temer (MDB) est� fazendo sele��o para preencher as vagas deixadas por m�dicos cubanos.

“Praticamente, j� temos o n�mero suficiente”, afirmou. De acordo com balan�o do Minist�rio da Sa�de divulgado na sexta-feira, 92% das vagas disponibilizadas no programa j� foram preenchidas. S�o 25.901 inscritos com registro (CRM) no Brasil. Desse total, 17.519 foram efetivados e 7.871 profissionais j� est�o dispon�veis para atua��o imediata. Os m�dicos cubanos come�aram a deixar o Brasil na quinta-feira em voos de volta para Havana a partir do aeroporto de Bras�lia.

Ele afirmou tamb�m que n�o pretende acabar com programas sociais, mas que todos passar�o por auditoria. O objetivo � fazer com que as pessoas com capacidade para trabalhar estejam no mercado de trabalho e n�o sejam dependentes do Estado.

“Projeto social tem que ser para tirar a pessoa da pobreza e n�o para mant�-la num regime de quase depend�ncia. N�o queremos nenhum brasileiro dependendo do Estado”, afirmou. A auditoria vai identificar os que podem trabalhar para integr�-los ao mercado de trabalho.

 “Logicamente, ningu�m ser� irrespons�vel a ponto de acabar com qualquer programa social, mas todos ser�o submetidos a auditoria para que aqueles que podem trabalhar entrem no mercado de trabalho e n�o fiquem dependendo do Estado a vida toda”, disse.

Bolsonaro defendeu r�gido controle na entrada de refugiados venezuelanos que chegam ao pa�s. Ele afirmou que os venezuelanos fogem de uma ditadura e que o Brasil n�o pode deix�-los � pr�pria sorte. Como medida para tentar resolver o problema, o presidente eleito sugeriu a cria��o de campos de refugiados. “A cria��o de campos de refugiados, talvez, para atender aos venezuelanos que fogem da ditadura de seu pa�s”, disse durante cerim�nia militar no Rio de Janeiro.

Ele se mostrou contr�rio � proposta do governador eleito de Roraima, Antonio Denarium (PSL), que cogita o fechamento da fronteira e defende a cria��o de um programa de devolu��o de venezuelanos para o pa�s de origem. “Eles n�o s�o mercadoria nem objeto para ser devolvidos. Se tivesse um governo democr�tico h� algum tempo, n�s dever�amos tomar outras provid�ncias, como, por exemplo, excluir a Venezuela do Mercosul. A Venezuela n�o pode ser tratada como pa�s democr�tico.”

Cirurgia prevista para 20 de janeiro


Jair Bolsonaro disse que passar� por outra avalia��o de seu quadro cl�nico em19 de janeiro, no Hospital Israelita Albert Einstein, em S�o Paulo. E que se a inflama��o detectada do perit�nio (membrana que envolve �rg�os do sistema digest�rio) estiver eliminada, ele dever� retirar a bolsa de colostomia no dia seguinte.

 “Se melhorar a infec��o, devo operar no dia 20 (de janeiro), caso contr�rio, a data ser� adiada novamente”, afirmou, ap�s participar de cerim�nia de anivers�rio dos 73 anos da Brigada de Infantaria Paraquedista, ontem, na Vila Militar, em Deodoro, Zona Oeste do Rio. A estimativa inicial dos m�dicos era de que a opera��o fosse realizada j� a partir de 12 dezembro, mas o procedimento teve que ser adiado por causa de problemas detectados nos exames feitos anteontem.

A equipe que cuida de Bolsonaro declarou que, em reuni�o multiprofissional, decidiu “postergar a realiza��o da reconstru��o do tr�nsito intestinal.” O boletim m�dico informou ainda que, apesar dos problemas detectados, Bolsonaro “encontra-se bem clinicamente e mant�m �tima evolu��o.” O ent�o candidato do PSL foi esfaqueado em Minas Gerais em setembro.


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