
Bras�lia – O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou ontem que a pasta comandada por ele no governo de Jair Bolsonaro (PSL) ter� seis secretarias especiais, cada uma delas com suas pr�prias secretarias para tocar �reas espec�ficas. Guedes afirmou tamb�m que pretende cortar de 20% a 30% dos cargos comissionados que ficar�o ligados ao Minist�rio da Economia. Ele explicou que os atuais minist�rios da Fazenda, Ind�stria e Com�rcio Exterior e do Planejamento t�m, juntos, 20 secretarias.
Para a Secretaria da Receita Federal e de Previd�ncia, foi confirmada ontem a nomea��o do economista Marcos Cintra. Essa secretaria vai abarcar a atual estrutura da Receita Federal, mas Guedes n�o deu certeza sobre a perman�ncia do atual secret�rio do fisco, Jorge Rachid. Cintra tem quatro t�tulos superiores pela Universidade de Harvard (EUA) na �rea de economia, � professor nos cursos de administra��o de empresas e de administra��o p�blica da FGV e presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Ele defende a cria��o de um imposto �nico com al�quota de 0,7% nos pagamentos e recebimentos nos bancos. A poss�vel cria��o de um tributo nos moldes da CPMF j� foi recha�ada por Jair Bolsonaro em meio � campanha presidencial. Esse tema, inclusive, gerou tens�o na campanha e apreens�o no mercado.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) reagiu. Em nota, o sindicato diz que a nomea��o de Cintra quebra uma regra adotada desde 2002, quando auditores fiscais passaram a ser indicados pelos titulares da Fazenda para comandar a Receita, al�m de responder diretamente ao gabinete do ministro.
ABERTURA ECON�MICA A Secretaria de Com�rcio Exterior e Assuntos Internacionais ser� comandada pelo economista Marcos Troyjo. Um dos focos desse �rg�o ser� tratar da abertura da economia. Troyjo tem gradua��o em ci�ncia pol�tica e economia pela Universidade de S�o Paulo (USP) e � doutor em sociologia das rela��es internacionais pela USP, al�m de integrar o Conselho Consultivo do F�rum Econ�mico Mundial.
Em artigo publicado em outubro deste ano no site do Instituto Millenium, Troyjo ponderou que, na vis�o dele, novos par�metros da competitividade abrangem indistintamente todos os setores, e n�o apenas a manufatura. Segundo ele, a eleva��o de renda, atualmente, est� menos relacionada � mera industrializa��o e mais ao conte�do de valor agregado em uma ou outra atividade.
OUTROS NOMES A Secretaria de Desestatiza��o e Desmobiliza��o, por sua vez, ser� ocupada pelo empres�rio mineiro Salim Mattar, presidente do Conselho da Localiza, j� anunciado pelo futuro ministro.
Sob o guarda-chuva da pasta da Economia estar� ainda a Secretaria de Fazenda, para a qual Guedes disse que Waldery Rodrigues J�nior � um “bom nome”, embora n�o o tenha confirmado no cargo. Rodrigues J�nior � hoje coordenador-geral na atual Secretaria de Pol�tica Econ�mica (SPE) do Minist�rio da Fazenda.
Haver� ainda uma Secretaria de Planejamento. Guedes elogiou o atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago, e disse que seria um bom nome, mas n�o confirmou se ele permanecer� no novo governo. Outros nomes tamb�m est�o sendo avaliados.
A sexta secretaria ser� a de Competitividade e Produtividade. O futuro ministro afirmou que o economista Carlos da Costa � o cotado para o posto. Guedes disse tamb�m que a Ag�ncia Brasileira de Promo��o de Exporta��es e Investimentos (Apex Brasil) ficar� ligada ao Minist�rio da Economia.
Informou ainda que vai convidar outros “Chicago Oldies” para compor seu minist�rio – em refer�ncia ao apelido de “Chicago Boys” dado aos egressos da universidade que � o ber�o do pensamento econ�mico liberal. Segundo o futuro ministro, a ideia � que haja dois “enviados especiais” para ajudar a desenvolver a pol�tica econ�mica que ele est� desenhando, um mais ligado a temas da Europa, e outro, da China.