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Estado de Minas POL�TICA

EUA recebem documento sobre Portos


postado em 04/12/2018 11:45 / atualizado em 04/12/2018 12:27

O Departamento de Justi�a dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em ingl�s) possui informa��es sobre o inqu�rito dos Portos. O caso brasileiro chegou �s autoridades americanas ap�s a empresa s�cia da Rodrimar em opera��o de um dos terminais do Porto de Santos (SP) decidir colaborar de forma espont�nea com a justi�a americana.

O relat�rio de conclus�o do inqu�rito do caso feito Pol�cia Federal aponta ind�cios da pr�tica dos crimes de corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa por parte do presidente Michel Temer e de outras dez pessoas. A decis�o de levar o caso aos EUA foi encabe�ada pela gigante canadense Nutrien, empresa do mercado de fertilizantes. A empresa � s�cia majorit�ria da Rodrimar no grupo P�rola - sociedade formada para operar um terminal em Santos - pela subsidi�ria PCS Fosfatos do Brasil.

A Nutrien tem a��es listadas na bolsa de Nova York e teve receio de as investiga��es atingirem sua atua��o nos EUA, o que a fez encaminhar ao DoJ informa��es que vinha prestando de forma espont�nea � Procuradoria-Geral da Rep�blica, no Brasil. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, os americanos n�o fizeram dilig�ncias sobre o caso dos portos, aguardando os desdobramentos da investiga��o brasileira.

A entrega de documentos foi uma antecipa��o para mostrar que a empresa vai cooperar, caso os americanos decidam entrar no caso e processar os envolvidos.

Os executivos do grupo P�rola n�o foram indiciados no inqu�rito da PF, mas o delegado Cleyber Malta solicitou no relat�rio final do caso a abertura de um novo inqu�rito policial para apurar o repasse de R$ 375 mil da empresa para o escrit�rio de advocacia de Fl�vio Calazans.

Em depoimento � PF, Calazans assumiu ter recebido dez parcelas de R$ 37,7 mil, entre 2014 e 2015, da P�rola S.A. O advogado tamb�m admitiu ter emitido notas frias do seu escrit�rio para dissimular a transa��o. O dinheiro, afirmou, foi encaminhado para contas de outras empresas, entre elas, a Link Projetos, investigada por escoar propina de empreiteiras para pol�ticos do MDB.

Aos americanos, a empresa canadense entregou e-mails e documentos relacionados � opera��o em Santos, como a documenta��o que mostra pagamentos feitos para o escrit�rio de Calazans. Como mostrou o jornal, o dinheiro pago ao advogado foi parar na conta de uma empresa de fachada usada para escoar propina de pol�ticos do MDB. A transa��o foi investigada no inqu�rito dos Portos. A empresa tamb�m entregou conversas com pessoas da Rodrimar que podem interessar �s autoridades brasileiras e americanas e detalhou saques em esp�cies feitos no Brasil.

Den�ncia

O grupo P�rola tamb�m tem colaborado com a procuradoria. O material entregue pela empresa pode ser usado pela procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, em caso de uma den�ncia contra Temer com base na investiga��o sobre o decreto dos portos, finalizada pela PF.

O Departamento de Justi�a americano n�o confirma, nega ou comenta a exist�ncia ou n�o de investiga��es em curso. Questionada sobre a coopera��o com os EUA, a Nutrien respondeu que a empresa "est� ciente do inqu�rito dos portos da Pol�cia Federal do Brasil e do relat�rio de investiga��o". "Nossa empresa continua a coopera��o com autoridades e fornecer assist�ncia conforme necess�rio", afirmou.

A entrada dos americanos em uma investiga��o brasileira n�o � novidade. O DoJ j� participou de investiga��es criminais e fez acordos com empresas, junto com o Brasil, como no caso da Odebrecht na Lava Jato. A legisla��o americana d� aos investigadores locais uma jurisdi��o ampla para casos de corrup��o fora do pa�s. Basta que uma empresa tenha a��es na bolsa ou que uma comunica��o do ato de corrup��o tenha sido feita em servidor de e-mail baseado nos EUA, por exemplo, para que o DoJ possa atuar.

A Rodrimar informou que n�o � respons�vel pela administra��o da P�rola, sendo s�cia minorit�ria n�o respondendo pelos seus contratos. "No mais, os esclarecimentos relacionados ao inqu�rito dos portos ser�o apresentadas no local e momento apropriados." A P�rola negou qualquer relacionamento com o DoJ no �mbito do inqu�rito dos Portos e diz ter fornecido "todas as informa��es solicitadas oficialmente pelas autoridades brasileiras".


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