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Estado de Minas POL�TICA

Fam�lia do desaparecido pol�tico Alu�zio Palhano avalia fazer funeral

Desaparecido pol�tico desde 1971, o militante teve sua ossada oficialmente identificada por peritos


postado em 05/12/2018 07:30 / atualizado em 05/12/2018 09:05

Na volta ao Rio de Janeiro na semana que vem, M�rcia Ferreira Pereira Guimar�es vai decidir com a fam�lia se vai organizar um funeral para o pai, o sindicalista e militante da Vanguarda Popular Revolucion�ria (VPR) Alu�zio Palhano. Desaparecido pol�tico desde 1971, o militante teve sua ossada oficialmente identificada por peritos.

A informa��o foi dada ao Estado por Clarisse Montuano, sobrinha-neta de Palhano e autora do document�rio Um Companheiro. Nele, conta a hist�ria do tio-av�. "A fam�lia s� soube da morte em 1976, cinco anos depois (do desaparecimento de Palhano). A partir da�, iniciou uma busca incessante pelo corpo. Fui a Cuba com minha m�e atr�s de informa��es sobre o per�odo em que ele esteve l� e descobri que, em Cuba, � um her�i. Recolhemos muitos dados", contou Clarisse. Ela acrescentou que M�rcia vai avaliar ainda se ser� poss�vel desarquivar o processo sobre o caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

A identifica��o do corpo foi anunciada publicamente na segunda-feira, 3, no 1.º Encontro Nacional de Familiares, promovido em Bras�lia pela Comiss�o Especial sobre Mortos e Desaparecidos Pol�ticos. Palhano foi vice-presidente do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), posto na ilegalidade em 1964, e posteriormente aderiu � VPR, organiza��o armada da qual seria um dos l�deres. Sua pris�o e morte foram denunciadas pelo preso pol�tico Altino Rodrigues Dantas J�nior, em carta enviada ao general Rodrigo Oct�vio Jord�o Ramos em 1978.

A den�ncia era de que o sindicalista foi assassinado no DOI-CODI de S�o Paulo, comandado pelo major Carlos Alberto Brilhante Ustra. Palhano foi capturado devido � a��o do ex-marinheiro Jos� Anselmo dos Santos, o cabo Anselmo, um agente infiltrado na luta armada pela repress�o.

Marcia recebeu na semana passada a not�cia de que os ossos de Alu�zio estavam numa vala comum descoberta na d�cada de 1990 no cemit�rio Dom Bosco, em Perus (SP), em meio a centenas de outras ossadas.

Um dos nove irm�os de Palhano, An�sio Palhano Pedreira Ferreira, e sua mulher, Branca Eloysa Pedreira Ferreira, se tornaram ativistas ao lado do grupo Tortura Nunca Mais. Branca morreu em abril deste ano, um m�s antes de o STF arquivar o processo judicial que reivindica o reconhecimento de que o sindicalista foi v�tima da ditadura.

A identifica��o da ossada � a segunda do Grupo de Trabalho Perus - a outra, de Dimas Casemiro, integrante do Movimento Revolucion�rio Tirantes, foi entregue � fam�lia em agosto. Formado em 2014, o grupo engloba o Minist�rio dos Direitos Humanos, a Comiss�o Especial de Mortos e Desaparecidos Pol�ticos, a Prefeitura de S�o Paulo e a USP, onde 1.049 caixas com restos mortais de Perus est�o sendo preservados.


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