
Por um lado, as candidaturas de Gabriel Azevedo (PHS) – respaldada por Doorgal Andrada (Patri) e Bernardo Ramos (Novo) – e a de Cida Falabella (Psol), sustentada pelos vereadores Bella Gon�alves (Psol), Gilson Reis (PCdoB), Arnaldo God�i (PT) e Pedro Patrus (PT) – marcam posi��o pol�tica program�tica. Por outro, � na base do prefeito Alexandre Kalil (PHS) onde dois grupos se bifurcam e a disputa apertada de fato ocorrer�, possivelmente empurrada para o segundo turno, momento em que as candidaturas minorit�rias ter�o peso importante no resultado final, em que cada vereador ser� disputado.
Da base de apoio de Kalil, – e com o apoio do prefeito e do l�der na Casa, Leo Burgu�s (PSL), emerge a candidatura de Nelly (PRTB), em meio a uma cortina de fuma�a em que, no maior grupo da Casa, em princ�pio tamb�m se lan�aram os vereadores Irlan Melo (PR), Juliano Lopes (PTC), Autair Gomes (PSC), Bim da Ambul�ncia (PSDB) e Catatau (PHS). Embora Kalil tenha sinalizado para o grupo que alcan�asse consenso e teria o seu apoio, alguns vereadores relataram terem sido chamados para uma conversa na Prefeitura, em que ele pediu o apoio para Nelly. “Se n�o alcan�armos 21 no primeiro turno, no segundo vamos ter 26”, garante um interlocutor que d� sustenta��o � candidatura de Nelly, considerando que o apoio da esquerda no segundo turno refor�ar� a sua posi��o.
A vereadora Cida Falabella afirma que a sua candidatura � program�tica e defende um legislativo mais democr�tico. “Queremos uma Mesa Diretora com decis�es colegiadas, col�gio de l�deres com maior participa��o, advogamos a cria��o da Comiss�o das Mulheres, o fortalecimento da Comiss�o de Participa��o Popular e defendemos um conselho gestor do or�amento da C�mara, integrado por vereadores, servidores e representantes da popula��o”, afirma Falabella.
Segundo ela, num eventual segundo turno, vai dialogar com os candidatos sobre as propostas que o seu grupo pol�tico defende. Interlocutores do presidente da C�mara, Henrique Braga (PSDB), que em balan�o de sua gest�o na tribuna anunciou ontem uma economia de R$ 102 milh�es nos �ltimos dois anos, sustentam que para Braga a candidatura de Nelly seria dif�cil de ser digerida.
Para justificar a resist�ncia, aliados de Henrique Braga insinuam pretensa proximidade da vereadora com o ex-presidente da Casa, Wellington Magalh�es, afastado desde 26 de abril do mandato, sob acusa��o do Minist�rio P�blico que apura suposto esquema em licita��es.
Questionado, Braga desconversa: “Nosso grupo n�o decidiu quem ser� o candidato � presid�ncia. Isso acontecer� antes da vota��o”.
Mudan�as
A elei��o ser� nesta quarta-feira, �s 9h. E se � fato que Henrique Braga evita se posicionar para n�o gerar atritos em seu pr�prio grupo; tamb�m � verdade que a sua experi�ncia j� lhe ensinou que nesse tipo de elei��o � muito f�cil dormir presidente e acordar fora da Mesa Diretora. Nesse contexto, nada est� descartado e, �s v�speras do processo eleitoral, tudo pode acontecer, at� mesmo a candidatura do l�der Leo Burgu�s, desencorajada por Kalil que deseja mant�-lo na atual fun��o.
Tamb�m da base do prefeito Alexandre Kalil surge um outro grupo, comandado pelo vereador Orlei (Avante), que se organiza em torno de Reinaldo Gomes (MDB), candidato a 1º vice, doutor Nilton (Pros), candidato � 2a vice e Jorge Santos (PRB), este pleiteando a secretaria da Mesa. Orlei re�ne em torno do seu nome outros nove parlamentares e, como estrat�gia, tenta for�ar o segundo turno, no qual espera o apoio de Gabriel Azevedo, al�m de insatisfeitos de �ltima hora que venham abandonar o grupo advers�rio nesta disputa. “Temos mais de 16 nomes. Mas logicamente n�o revelo os meus apoios”, diz. � noite, ele j� admitia a possibilidade de retirar seu nome em prol de outro candidato.
Os cargos
A elei��o da Mesa Diretora tem seis cargos – presidente, 1º e 2º vice-presidentes, secret�rio-geral, 1º e 2o secret�rios – para gest�o que se iniciar� em 1º de janeiro de 2019 at� 1º de janeiro de 2021. As candidaturas podem ser de chapas completas ou avulsas. O processo de vota��o � nominal. Caso nenhum das chapas consiga, no primeiro turno, o voto da maioria absoluta de 21 dos membros, a elei��o passar� ao segundo turno, a ser feita por cargo, dentre os candidatos j� inscritos.
O qu�rum dessa nova fase de vota��o ser� a maioria dos votos dos presentes, sendo necess�ria a presen�a em plen�rio da maioria dos membros da C�mara. Caso ocorra empate no segundo turno, para qualquer cargo da Mesa, ser� eleito o mais idoso.