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Estado de Minas POL�TICA

'Ele sabe as consequ�ncias de se entregar ou n�o', diz advogado de Battisti

Defesa vai apresentar um agravo ao plen�rio do STF para tentar reverter a decis�o do ministro do Supremo Luiz Fux


postado em 14/12/2018 15:22 / atualizado em 14/12/2018 15:37

(foto: / AFP / Miguel SCHINCARIOL )
(foto: / AFP / Miguel SCHINCARIOL )

Advogados e amigos do ex-ativista Cesare Battisti n�o conseguem falar com ele desde quinta-feira, 13, quando o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a pris�o do italiano para fins de extradi��o. A Pol�cia Federal considera Battisti um foragido.

"Normalmente nestas situa��es a gente acorda com a pris�o feita. Ele deve ter tomado alguma decis�o. � uma decis�o personal�ssima que s� cabe a ele mesmo tomar. Cesare sabe quais s�o as consequ�ncias de se entregar ou n�o se entregar. A� � ele com a consci�ncia dele", disse o advogado Igor Tamasauskas.

Segundo o advogado, a defesa vai apresentar um agravo ao plen�rio do STF para tentar reverter a decis�o de Fux. O argumento deve ser a inseguran�a jur�dica. "N�o se pode submeter um sujeito aos humores do chefe do Executivo de plant�o", afirmou o advogado.

Amigos tamb�m tentaram falar com Battisti por telefone, mas o italiano n�o atendeu �s liga��es. At� o in�cio da manh� desta sexta, 14, eles achavam que o escritor poderia estar na casa de algum conhecido para escapar do ass�dio da imprensa, principalmente a italiana.

Semanas atr�s, um jornalista teria pulado o muro da casa de Battisti em Cananeia, litoral sul de S�o Paulo. Eles n�o descartam a possibilidade de Battisti ter fugido.

As fugas t�m sido uma constante na vida de Battisti desde que ele escapou da pris�o de Frosinone, na It�lia, em outubro de 1981. Ele foi condenado � pris�o perp�tua pelo assassinato de quatro pessoas quando integrava o grupo Prolet�rios Armados pelo Comunismo (PAC), considerado terrorista, nos anos 1970.

De seu pa�s natal, ele foi para a Fran�a, M�xico e novamente Fran�a, onde passou quase 20 anos sob a prote��o do regime Fran�ois Mitterrand. Depois da chegada de Jacques Chirac ao poder, ele fez um p�riplo pela Espanha, Portugal, Ilha da Madeira, Ilhas Can�rias e Cabo Verde, at� chegar em Fortaleza.

No Brasil, recebeu apoio no governo Luiz In�cio Lula da Silva, que em seu �ltimo dia como presidente assinou um decreto proibindo a deporta��o do italiano. No ano passado, j� durante o governo Michel Temer, foi preso na fronteira com a Bol�via e acusado de evas�o de divisas. A trajet�ria foi relatada pelo pr�prio Battisti no livro "Minha fuga sem fim", lan�ado em 2009.

Segundo amigos, ele vive de tradu��es para editoras francesas e dos livros que escreve. O mais recente, "Marco Zero", � ambientado em Cananeia. Moradores da cidade dizem que ele n�o � visto h� mais de uma semana nos bares onde costuma tomar cerveja e falar sobre futebol.

Antes da elei��o, ele recebeu a visita da filha e do neto que moram na Fran�a. De acordo com relatos, ele tem tentado demonstrar tranquilidade, mas n�o consegue esconder a preocupa��o desde a elei��o de Jair Bolsonaro (PSL). Pouco depois da elei��o, ele esteve em S�o Paulo para discutir sua situa��o. Uma das primeiras medidas do presidente eleito foi prometer ao governo italiano a extradi��o do ex-ativista.

Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que extraditaria imediatamente Battisti. Em entrevista em novembro, Bolsonaro disse que confirmou � diplomacia italiana que devolveria Battisti ao pa�s, ap�s manifesta��o do STF.


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