
Os candidatos que disputaram as �ltimas elei��es pelo Avante em Minas podem ter os votos anulados. Pelo menos � isso que uma A��o de Investiga��o Judicial Eleitoral (Aije) proposta pelo Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) pede � Justi�a. De acordo com a den�ncia, o partido registou mulheres para concorrer ao pleito apenas para simular o cumprimento da cota exigida pela Legisla��o, mas n�o fizeram o devido desenvolvimento das candidaturas.
A sigla � acusada de abuso de poder e participa��o fraudulenta. O Avante elegeu tr�s deputados federais e dois estaduais. De acordo com o MPE, o demonstrativo de regularidades de atos partid�rios (Drap) do Avante � “ideologicamente falso”.
A Procuradoria ressalta que j� havia denunciado a falta de cumprimento dos �ndices por parte do partido, que acabou promovendo mudan�as na proporcionalidade entre homens e mulheres para a disputa.
“Diante do n�o cumprimento do percentual m�nimo de 30% de candidaturas femininas, a Procuradoria Regional Eleitoral impugnou o DRAP. O partido ent�o excluiu quatro homens, substituindo-os por candidatas mulheres, de modo a alcan�ar o percentual legal, obtendo, assim, o deferimento do DRAP”, informou.
As investiga��es feitas pelo MPE mostraram que, pelo menos 17 mulheres, foram inscritas pelo Avante, mas n�o tinham ci�ncia do fato. Algumas deles n�o receberam votos no pleito, o que apontado como prova de que sequer fizeram campanha.
As mesmas mulheres j� haviam tido o nome registrado nas elei��es municipais de 2016 e, na �poca, tamb�m n�o tinham conhecimento das candidaturas. Uma delas chegou a registra Boletim de Ocorr�ncia, relatando o fato.
Na a��o, o procurador regional eleitoral, Angelo Giardini de Oliveira, afirma que a atitude do partido faz com que a legenda sequer pudesse concorrer ao pleito. “� importante destacar que o cumprimento do percentual m�nimo de candidaturas femininas � condi��o essencial para o deferimento do pr�prio DRAP, sem o qual o partido sequer poderia participar das elei��es”, afirma Angelo Giardini.
Ainda segundo o procurador, “� importante destacar que o cumprimento do percentual m�nimo de candidaturas femininas � condi��o essencial para o deferimento do pr�prio DRAP, sem o qual o partido sequer poderia participar das elei��es”.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Avante, mas at� o momento n�o recebeu retorno dos questionamentos.