
O denunciante anexou ao MPF reportagens que analisavam as transa��es imobili�rias do ent�o deputado estadual do Rio. O procedimento foi revelado pela Rede Globo na noite da quinta-feira, 7.
A procuradora da Rep�blica Maria Helena de Paula, ent�o coordenadora criminal, determinou que o caso fosse analisado pelo N�cleo Criminal de Combate � Corrup��o. A assessoria do senador Fl�vio Bolsonaro afirmou, em nota, que ele " � v�tima de persegui��o pol�tica e que ele repudia a tentativa de imputar irregularidades e crimes onde n�o h�".
Esta � a segunda investiga��o contra o senador na Procuradoria Regional no Rio de Janeiro abordando os im�veis do parlamentar. A primeira foi aberta pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), para analisar se houve crime eleitoral nas declara��es de bens apresentadas pelo senador � Justi�a Eleitoral.
O caso tramitava desde mar�o de 2018 na Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE-RJ) e apurava poss�vel crime eleitoral praticado por Fl�vio Bolsonaro ao declarar im�veis comprados por meio de "negocia��es rel�mpago" ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com valores supostamente abaixo do real. No inqu�rito, h� ainda a cita��o de que as negocia��es teriam resultado em aumento do patrim�nio do atual senador. H� no inqu�rito cita��o a poss�vel lavagem de dinheiro.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, investigadores que cuidam do caso disseram que, previamente, n�o vislumbraram ilicitude nessa quest�o. Segundo o entendimento dessas fontes, n�o seria crime eleitoral declarar ao Tribunal Regional Eleitoral im�veis com valores incompat�veis com os avaliados pelo mercado. Tamb�m n�o seria irregular, do ponto de vista eleitoral, informar � Justi�a Eleitoral uma quantidade de im�veis abaixo dos que verdadeiramente o candidato tem. O argumento � que a jurisprud�ncia sobre casos parecidos com o de Fl�vio estabeleceu que essas informa��es podem ser prestadas pelo candidato de forma apenas superficial e protocolar.
A Procuradoria recebeu, ainda durante a campanha, a den�ncia por suposta falsifica��o de documento p�blico de Fl�vio para fins eleitorais. Depois que Fl�vio Bolsonaro, que era deputado estadual, foi eleito senador, a Procuradoria Regional Eleitoral consultou a Procuradoria Geral de Justi�a. O objetivo era saber se o caso deveria ir para Bras�lia, por causa de suposto direito do senador a foro privilegiado, mas o �rg�o entendeu que n�o era o caso.