(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Deputado e senador de MG brigam por CPI de Brumadinho

Deputado Andr� Janones e senador Carlos Viana n�o se entendem sobre o tipo de comiss�o que deve ser criada para apurar a trag�dia em Brumadinho


postado em 01/03/2019 06:00 / atualizado em 01/03/2019 08:20


A instala��o de uma ou mais comiss�es parlamentares de inqu�rito (CPI) para investigar a trag�dia provocada pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, j� provoca bate-boca e troca de acusa��es na bancada mineira.

O barraco come�ou com o deputado federal Andr� Janones (Avante) e o senador Carlos Viana (PSD), mas logo envolveu outros deputados, como Marcelo Aro (PHS), e j� se espalhou pelo Facebook e WhatsApp.

O conflito se desdobrou a partir da disputa entre a bancada federal mineira e Viana em torno do tipo de comiss�o parlamentar de inqu�rito que ser� instalada para investigar as responsabilidades.

Enquanto os deputados federais defendem uma comiss�o parlamentar mista (CPMI) – com a participa��o da C�mara e do Senado –, Viana postula que cada casa legislativa instale a sua CPI.

Do barraco, em que n�o faltam amea�as m�tuas, Carlos Viana, pelo menos por enquanto, levou a melhor: o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apesar de ter se manifestado aos parlamentares mineiros pessoalmente a favor de uma comiss�o mista, j� informou ao deputado federal Z� Silva (SD), que preside a comiss�o externa sobre a trag�dia de Brumadinho, que a forma��o de CPI mista est� descartada.
Janones diz que Viana recebeu doação de dono de mineradora. SEnaor acusa deputado de ser apadrinhado por parlamentar ligado à mineração (foto: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS 12/10/18 e Jair Amaral/EM/D.A Press 07/10/2018)
Janones diz que Viana recebeu doa��o de dono de mineradora. SEnaor acusa deputado de ser apadrinhado por parlamentar ligado � minera��o (foto: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS 12/10/18 e Jair Amaral/EM/D.A Press 07/10/2018)


Para o pr�ximo dia 11, portanto, ap�s o carnaval, o Senado vai anunciar a instala��o de sua CPI, da qual, Carlos Viana postula e dever� ser confirmado relator e o presidente o senador Otto Alencar (PSD-BA), autor do requerimento.

“O or�amento inicial de cada CPI � de R$ 100 mil. Mas por que Viana bate o p� e n�o quer a CPMI? Porque o terceiro maior doador para a campanha dele foi Lu�s Fernando Franceschini da Rosa, advogado que � dono de mineradora e prestava servi�os para a Vale no C�rrego do Feij�o, em Brumadinho. Ele doou R$ 100 mil para o senador. Como ele vai investigar?”, criticou Janones.

Segundo o deputado, Franceschini � s�cio de tr�s empresas que operam na regi�o da trag�dia: Neometal Brumadinho, Greenmetal Brumadinho Processamentos Sustent�veis e Green Metals Brumadinho Solu��es Ambientais.

Carlos Viana devolve o insulto: “Franceschini � advogado, professor, foi encaminhado � minha campanha por meio de pessoas ligadas ao meu antigo partido. N�o o conhe�o. Nunca estive com ele. Veio por pessoas do PHS. O Janones est� insistindo nesta hist�ria, mas ele � quem � financiado por Luiz Fernando Faria (deputado federal pelo PP), que na campanha em 2014 recebeu R$ 1,3 milh�o s� de minera��o. O padrinho dele � que � o homem da minera��o”, acusou o senador.

A briga come�ou na ter�a-feira passada. A acusa��o de Janones foi lan�ada diante de Viana, quando uma comiss�o de 12 deputados mineiros foi procur�-lo, ap�s conversar com o presidente do Senado e dele ouvir que a poss�vel unifica��o das CPIs dependeria de Carlos Viana.

Depois de defender a CPMI a Viana, a comiss�o de deputados mineiros ouviu dele que iria levar o caso aos outros seis senadores que j� tinham sido indicados para integrar a CPI do Senado.

Viana ressalvou, contudo, que pessoalmente defendia uma CPI, por consider�-la mais r�pida. Neste momento, Janones o questionou: “Mas se o senhor n�o � a favor da CPMI n�o precisa nem conversar com os outros senadores. Da minha parte eu dispenso. Estou cheio de mimimi, quero resultado concreto. E se prepare para o desgaste”. Viana interpelou-o: “Qual desgaste?”. Janones retrucou: “O senhor foi financiado por uma mineradora, o Brasil vai saber”. Viana instou-o a provar e o bate-boca se intensificou quando o deputado federal Fabinho Lideran�a (MDB) colocou panos quentes.

Enquanto Janones postava a briga, toda filmada, por um lado, Viana n�o tardou a devolver o veneno, lan�ando ao ar o seu pr�prio v�deo. Nele, Viana chamou Janones de “desequilibrado”, “descontrolado”, “que deveria estar num manic�mio, n�o na C�mara”, al�m de “hip�crita que engana seguidores nas redes”. Na mesma grava��o, Viana anunciou que pretende processar Janones para que ele prove as suas acusa��es. “Vamos para a Justi�a saber quem fala a verdade”, disparou.

Em meio � disputa entre o mar e o rochedo, sobrou para a ostra. O deputado federal Marcelo Aro resolveu se manifestar, depois de Viana afirmar desconhecer Lu�s Fernando Franceschini da Rosa e que teria recebido o recurso do PHS, partido de Viana durante a campanha, ent�o presidido por Aro.

Pelo grupo de WhatsApp da bancada federal mineira, Aro lan�ou a nota, que obviamente, agora se tornou p�blica. “O senador est� faltando com a verdade ao afirmar isso. Uma mentira que me incomodou tanto que decidi escrever este texto”, disse, depois de uma longa explana��o em que relatou o seu rompimento pol�tico com Viana, ex-aliado a quem ajudou durante a campanha.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)