
S�o Paulo – Em meio � crise do governo com o Congresso, o vice-presidente Hamilton Mour�o defendeu clareza, determina��o e paci�ncia para negociar a aprova��o da reforma da Previd�ncia. Em r�pida declara��o � imprensa antes de participar de reuni�o da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) na capital paulista, ele disse que � preciso conduzir reformas que interessam ao pa�s e declarou saber das “ang�stias e d�vidas” que est�o sendo levantadas sobre a proposta do governo para o sistema de aposentadoria.
“� preciso clareza em termos de convencer os nossos parlamentares e, mais do que eles, a nossa popula��o, determina��o de levar isso � frente e paci�ncia para negociar tudo aquilo que tiver de ser negociado”, afirmou o vice-presidente ao lado do presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro foi na manh� dessa ter�a-feira (26) a um cinema na capital federal, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O casal foi assistir a uma sess�o de pr�-estreia de um filme religioso chamado Supera��o: o milagre da f�, exibido com interpreta��o simult�nea em libras.
O an�ncio intempestivo ocorre ap�s o l�der do PSL, Delegado Waldir (GO), afirmar que n�o havia consenso no partido pela proposta. A reuni�o do PSL que culminou no an�ncio do Major Vitor Hugo teve um pouco mais da metade da bancada presente e n�o total converg�ncia em apoiar a proposta. “A maioria absoluta aqui presente me autorizou a verbalizar que fechamos com a reforma, com a constru��o da nova Previd�ncia”, afirmou o l�der do governo.
Dois dos principais atores do partido na C�mara n�o estavam presentes. O l�der do PSL, Delegado Waldir, que na v�spera anunciou que o partido n�o havia fechado quest�o com a reforma e que o partido aguardava o governo “mostrar a faca” para descascar o “abacaxi” da proposta, e a l�der do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), que j� havia criticado a falta de formaliza��o do apoio. A reuni�o foi realizada no apartamento da deputada Carla Zambelli (SP) e contou com 30 parlamentares. O major minimizou as aus�ncias: “Sabemos que vai haver altera��es, mas estamos convictos de que o PSL est� fechado com a Previd�ncia e tamb�m com o pacote anticrime do (ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio) Moro”, disse.
Nos �ltimos dias, o PSL se dividiu em dois. Um grupo mais ligado ao governo Bolsonaro tem defendido publicamente ades�o autom�tica � reforma. Entre os l�deres desse movimento est�o Carla Zambelli e Bia Kicis. Do outro lado, os independentes ou parlamentares de origem partid�ria que veem a necessidade de o governo abrir mais espa�o ao PSL. Este �ltimo, liderado pelo delegado Waldir e o presidente da legenda, Luciano Bivar.
INSATISFA��O “Foi um movimento muito importante para n�s aqui. Todos os deputados e deputadas presentes puderam expressar os seus posicionamentos e a gente tem certeza de que a partir de agora o PSL vai fazer com que nossas ang�stias internas sejam resolvidas internamente e vamos externar um discurso �nico para fora, em prol da nova Previd�ncia”, afirmou. No domingo, um grupo de parlamentares externou no grupo de WhatsApp do PSL a insatisfa��o com o governo. Entre os mais cobrados estavam Joice Hasselmann e o Major Vitor Hugo. Entre os pontos de reclama��o est� a falta de interlocu��o do partido dentro do governo, aus�ncia de uma estrat�gia de comunica��o na Casa e “afago” por parte do presidente. Bolsonaro s� recebeu a bancada uma vez desde que assumiu a Presid�ncia.
Nessa ter�a-feira (26), l�deres de 11 partidos assinaram um compromisso com a aprova��o da reforma da Previd�ncia, mas ressaltando que rejeitam dois pontos espec�ficos do projeto do governo: a mudan�a no Benef�cio de Presta��o Continuada e as altera��es nas regras da aposentadoria rural.