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Estado de Minas

Cresce procura por armas no Brasil, diz dirigente do setor

Sal�sio Nuhs confirma aquecimento do mercado e diz que a ind�stria est� preparada para atender ao aumento da demanda


postado em 04/04/2019 06:00 / atualizado em 04/04/2019 12:24

Visitantes da feira de segurança no Rio experimentam armas. Segundo a Taurus, setor tem capacidade para atender à demanda mesmo se triplicarem as vendas (foto: MATEUS PARREIRAS/EM/D.A PRESS)
Visitantes da feira de seguran�a no Rio experimentam armas. Segundo a Taurus, setor tem capacidade para atender � demanda mesmo se triplicarem as vendas (foto: MATEUS PARREIRAS/EM/D.A PRESS)

Rio de Janeiro – O mercado brasileiro n�o vai ficar desabastecido de armas de fogo e muni��es, mesmo com o aumento da procura por esses artigos, face aos �ltimos acontecimentos pol�ticos – debates sobre o tema na elei��o de 2018, decreto de fevereiro flexibilizando a posse e sinaliza��o da Presid�ncia de ainda mais facilidades.

A afirma��o � do presidente da Associa��o Nacional da Ind�stria de Armas e Muni��es (Aniam), que tamb�m � presidente da maior fabricante de armas (Taurus) e vice-presidente da CBC (muni��es) do Brasil, Sal�sio Nuhs, que se justifica avaliando que o mercado nacional ainda � muito pequeno e que reverter parte das importa��es seria suficiente para abastec�-lo.

“N�o existe esse problema. Qualquer que seja a demanda, ela ser� priorizada e atendida com tranquilidade”, diz em entrevista ao Estado de Minas na LAAD 2019, a feira da defesa e da seguran�a no Riocentro, afirmando n�o haver com isso oscila��es importantes de pre�os devido a uma suposta escassez de produtos no mercado.

Esse aquecimento do mercado tem sido sentido pela ind�stria de armas de fogo, de acordo com a Aniam, mas ainda n�o se tem certeza de que seja devido �s discuss�es, ao decreto ou �s sinaliza��es de ainda mais facilidades.

“Mesmo com o decreto, voc� n�o vai a uma loja hoje e sai com uma arma debaixo do bra�o. Entre a decis�o de compra e voc� efetivamente conseguir comprar a arma, leva em torno de quatro meses”, estima o presidente da associa��o. Ele lembra que � necess�rio, por exemplo, tirar todas as certid�es, fazer exame psicot�cnico, fazer exame de tiro e fazer o registro da arma de fogo.

“Como o decreto � recente (fevereiro), n�o temos ainda como medir o impacto que teve, mas sem d�vidas isso fez aumentar a procura”, afirma.

Sal�sio Nuhs usa o exemplo da CBC para mostrar que mesmo que ocorra um superaquecimento do mercado brasileiro, isso n�o vai significar falta de armamento para quem deseja.

“O mercado do Brasil � muito importante, mas � muito pequeno. Como o volume � pequeno, a capacidade dessas ind�strias � muito superior ao consumo. O que aumentar, n�s vamos atender e vamos atender com prioridade. Pode ser 50%, 100%. Se triplicar as vendas n�s vamos atender. N�o existe esse problema”, afirma.

No caso da Taurus, empresa que faz 80 anos, as exporta��es correspondem a 90% das vendas, sendo que os 10% restantes se dividem entre os mercados civil e militar. “Nosso maior mercado � o norte-americano.

Somos a quarta marca mais adquirida nos Estados Unidos. Isso, para uma empresa brasileira, atuando num mercado importante como o americano, � motivo de grande orgulho”, afirma.

Outro problema que aflige a ind�stria e que seria a pr�xima grande luta desse setor � a excessiva cobran�a de impostos. “Imagine que 70% do custo de uma arma vem de impostos. Por isso � preciso uma urgente reforma tribut�ria, n�o apenas para o nosso setor, como para os demais da ind�stria nacional”, destaca Nuhs.

Corrida por equipamentos


O interesse maior dos brasileiros pelas armas de fogo n�o tem sido sentido apenas pela ind�stria b�lica. Outros setores, como o de equipamentos t�ticos, que s�o refor�ados leves e ideais para as for�as de socorro e seguran�a p�blica, come�aram a ser descobertos pelos brasileiros.

� o caso de artigos como roupas resistentes para quem gosta de esportes ao ar livre mais r�sticos, praticantes de paint ball e air soft. Uma das marcas mais conhecidas desse setor, a Invictus, confirma essa tend�ncia.

A empresa surgiu em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas, na d�cada de 2000, e hoje, depois de ter migrado para Santa Catarina, j� disp�e de um acervo de 1.500 artigos t�ticos consumidos por for�as de seguran�a, cada vez mais por civis.

Esse maior interesse fez com que a ind�stria do setor tivesse de investir, segundo o diretor financeiro da marca, Felipe Lima. “O brasileiro tinha um certo preconceito contra as armas e tamb�m contras as for�as de seguran�a e isso passou. Hoje, o brasileiro entende e se interessa por esse meio. Tanto que os artigos t�ticos, que s�o feitos visando policiais, bombeiros e militares, acabaram sendo adotados por outros nichos de mercado”, afirma.

Antes, o mercado desse tipo de artigos era considerado t�o restrito que se tinha dificuldade de encontrar material de qualidade, sendo quase tudo feito para as for�as regulares das For�as Armadas, pol�cias e bombeiros. “Hoje as op��es aumentaram bastante. A Invictus, por exemplo, hoje, j� tem mais de 1.500 itens dispon�veis, desde vestu�rios, cal�ados, mochila, equipamentos, lanternas, cutelaria”, afirma.

Para ele, as pessoas comuns descobriram que se trata de itens excelentes para pescarias, trilhas, acampamentos, escotismo, pioneirismo, entre outros. “Esse tipo de pessoa descobriu que uma mochila t�tica tem resist�ncia e funcionalidades que atendem um empres�rio, um advogado, v�rios setores”, considera.

 


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