
Bras�lia – A l�der do governo no Congresso, Joice Hasselmann, disse ontem que o Planalto quer antecipar a vota��o do parecer da reforma da Previd�ncia para a ter�a-feira na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara dos Deputados. Segundo calend�rio do presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), a vota��o estava prevista para o dia seguinte, a quarta-feira. Entretanto, o governo teme n�o haver qu�rum no dia para a an�lise do relat�rio, devido ao feriado de P�scoa. “A gente come�a a discuss�o na segunda, invade a noite se for preciso, e, na ter�a, a gente vota, nem que seja de madrugada”, disse Hasselmann. De acordo com a deputada, o objetivo do Planalto � “liquidar essa fatura na ter�a”.

A pressa do Planalto deve esbarrar no Centr�o, que apresentou pedido para que o presidente da CCJ paute na segunda-feira o encaminhamento da proposta de emenda � Constitui��o (PEC) do Or�amento Impositivo das emendas de bancada. “J� avisamos ao presidente da CCJ que � melhor pautar antes”, disse o l�der do PP na C�mara, deputado Arthur Lira (AL) “N�o faz sentido deixar essa PEC, que � consensual, para daqui 15 dias”, refor�ou.
O plen�rio do Senado concluiu na semana passada a vota��o da proposta de emenda � Constitui��o do Or�amento Impositivo, que engessa ainda mais as contas do governo. A mat�ria seguiu para uma nova an�lise da C�mara dos Deputados porque o texto sofreu mudan�as no Senado.
Agenda cheia
Ontem, os membros da CCJ da C�mara decidiram reduzir o tempo de discursos e limitar a participa��o de parlamentares que n�o constituem o colegiado para o debate sobre a reforma da Previd�ncia na semana que vem. O acordo � v�lido apenas para a fase de debate e n�o para o per�odo da vota��o da proposta. O presidente Jair Bolsonaro, que na manh� de ontem foi submetido a uma endoscopia no Hospital da For�a A�rea (HFAB), manteve ontem a agenda de encontros com presidentes de partidos pol�ticas em busca de apoio para aprovar a reforma da Previd�ncia e recebeu ainda pela manh� recebeu o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE) e o governador do Par�, Helder Barbalho (MDB). Logo ap�s se reuniu com a presidente do Podemos, Renata Abreu, e as lideran�as do partido no Congresso.
Ap�s encontro com o presidente Jair Bolsonaro, Bivar minimizou os problemas do governo em formar uma base aliada no Congresso. “Base aliada � esta que est� a�, todos que vieram agora visitar o presidente se comprometem com as reformas do governo, essa que � a base aliada. Essa � uma coisa meio subjetiva”, disse Bivar a jornalistas, acrescentando que v� “boa vontade muito grande de todos os partidos estarem na mesma converg�ncia que est� o Planalto”.
Quando questionado sobre o fato de os partidos n�o estarem fechando quest�o para a vota��o da reforma da Previd�ncia, Bivar afirmou que a pr�tica � “uma coisa meramente de concep��o”. Bivar ainda fez um aceno ao presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmando que o parlamentar est� empenhado em aprovar a reforma da Previd�ncia. “� uma pessoa dedicada ao melhor do nosso pa�s”, disse Bivar ao destacar que tem “absoluta convic��o de que a reforma ir� passar”.
Altera��es
J� a presidente do Podemos, Renata Abreu, afirmou que o partido apoia a reforma da Previd�ncia, mas que defende algumas altera��es na proposta apresentada pelo governo. “Quanto � reforma da Previd�ncia, n�s somos favor�veis, mas com algumas altera��es, que inclusive o pr�prio presidente (Bolsonaro) j� passou a considerar, como BPC (Benef�cio de Presta��o Continuada), e aposentadoria do trabalhador rural”, disse. Questionada se Bolsonaro j� admite que pode haver mudan�as nesses dois pontos, Renata respondeu que sim.
Apesar do apoio � reforma, a presidente do Podemos disse que o partido vai manter posi��o de independ�ncia em rela��o ao governo, sem fechar quest�o de ordem quanto � vota��o da Previd�ncia. “Essa posi��o de independ�ncia vai se manter. N�s queremos ajudar sim o Brasil a funcionar e que as reformas avancem no Parlamento”, disse Renata, ap�s a audi�ncia com o presidente, que se reuniu com as bancadas do Novo, Avante e do PSC.