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Estado de Minas

Caminhoneiros desdenham de propostas do governo e j� falam em greve

Medidas como a libera��o de linhas de financiamento do BNDES, a constru��o de pontos de parada e de descanso nas rodovias em regime de concess�o n�o convenceram


postado em 16/04/2019 17:25 / atualizado em 16/04/2019 18:58


As medidas anunciadas pelo governo para solucionar a vida dos caminhoneiros n�o colou com a categoria. Para eles, medidas como a libera��o de linhas de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), a constru��o de pontos de parada e de descanso nas rodovias em regime de concess�o, obras em estradas e at� a fiscaliza��o do piso m�nimo de frete n�o convenceram. Em grupos de WhatsApp, alguns j� falam em promover uma greve. Os mais indignados comentam em uma nova paralisa��o, como em 2018, sugerindo a obstru��o de rodovias. Os mais radicais falam em greve em 21 de maio.


O Blog obteve acesso a protestos de caminhoneiros em dois grupos de WhatsApp. O Comando Nacional do Transporte, que conta com 188 participantes de norte a sul do pa�s, e a Transporte Rodovi�rio de Carga (TRC), que tem 197 membros. S�o v�rios l�deres dentro dos dois grupos que, por sua vez, representam outros transportadores aut�nomos nas respectivas regi�es ou nos estados.

Dois grupos

O processo de paralisa��o � definido basicamente nesses dois grupos atualmente, onde est�o as principais lideran�as. A possibilidade real de greve ainda n�o existe. Por ora, o que tem s�o murm�rios, pondera o caminhoneiro Ivar Schmidt, l�der do Comando Nacional de Transporte. Entretanto, admite que, ap�s as medidas anunciadas pelo governo, uma nova greve pode ocorrer este ano.

“N�o irei incentivar jamais, mas, enquanto n�o houver o cumprimento da fiscaliza��o da jornada de trabalho, paralisa��es podem ser deflagradas a qualquer momento, por qualquer motivo”, ponderou. A argumenta��o do governo para cumprir com a jornada de trabalho da categoria, de 8h mais 2h extras di�rias, n�o convence a categoria.

O ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, afirmou que ser�o constru�dos pontos de parada e descanso nas rodovias concedidas. “J� estamos aumentando a fiscaliza��o e vai aumentar ainda mais. A Lei do Descanso a gente tem que atuar na provis�o de infraestrutura para que haja o descanso. Tem que haver o descanso, mas onde vai parar o caminhoneiro? N�o tem seguran�a, local de parada adequada. Muitas vezes o local n�o permite que tenha um banho e � quase impelido a seguir em jornada quase suicida para chegar ao seu destino o mais r�pido poss�vel”, explicou.

Justificativa

A justificativa n�o convence a categoria. A constru��o de pontos � avaliada por eles como garantia de seguran�a, e n�o como uma medida que fortalece a categoria. O cumprimento da jornada de trabalho � uma medida mais eficaz para equilibrar o excesso da oferta com a demanda no setor do que o pr�prio piso m�nimo de frete. “Pontos de parada n�o vai resolver o problema da jornada, que se resolve com fiscaliza��o. PRF tem que parar caminh�es e punir quem n�o cumpre com a jornada de trabalho, como � feito em pa�ses de primeiro mundo”, destacou o caminhoneiro Aldacir Cadore, l�der de caminhoneiros do entorno do Distrito Federal. 

As lideran�as evitam falar em greve, mas a leitura dos l�deres � que est� mais dif�cil conter os �nimos. “A paralisa��o tem efeito domin�. Basta um aut�nomo tomar a iniciativa em uma regi�o e a� � quest�o de horas ela se alastrar em todo o pa�s. N�o tem data nem hor�rio para come�ar, nem terminar. Sou totalmente contra uma nova greve, mas � o desenho que vejo hoje nos grupos por medidas erradas do governo e a falta de representatividade certa da categoria”, advertiu Cadore.

Qualidade

A avalia��o feita por caminhoneiros � de que as medidas anunciadas pelo governo n�o d�o garantias concretas para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. “Isso a� n�o � nada, nada. N�o tem com o que se apegar. N�o temos garantia de nada.  Ou o governo est� muito mal assessorado ou quem conversa com o governo por n�s est� passando as coisas erradas”, criticou um caminhoneiro.

Outro diz que � preciso parar as grandes transportadoras. “Temos que saber a for�a que n�s temos e fazer eles parar na marra. O governo est� morrendo de medo de n�s pararmos de novo. � s� anunciar que vamos parar que, daqui a uma semana e voc�s v�o ver o que acontece. Est�o analisando n�s, ensaboando n�s e estamos ficando quietinhos. Simplesmente n�o d� mais. Temos que chegar e ser unidos. Temos uni�o. � s� unir todo mundo. Temos que parar mesmo”, comentou outro.


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