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Estado de Minas

Sigilo de dados pode levar reforma da Previd�ncia para uma batalha judicial

Oposi��o quer adiamento da vota��o de hoje na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a at� que seja retirado o sigilo sobre a Previd�ncia determinado pela equipe econ�mica do governo


23/04/2019 06:00 - atualizado 23/04/2019 07:37

O parecer do relator Marcelo Freitas (PSL-MG), favorável às mudanças na Previdência, está previsto para votação hoje à tarde na CCJ (foto: WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL)
O parecer do relator Marcelo Freitas (PSL-MG), favor�vel �s mudan�as na Previd�ncia, est� previsto para vota��o hoje � tarde na CCJ (foto: WILSON DIAS/AG�NCIA BRASIL)

�s v�speras da decis�o sobre a admissibilidade da reforma da Previd�ncia, parlamentares de oposi��o querem suspender a vota��o prevista para hoje na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara dos Deputados.

Os deputados pediram o adiamento at� que seja retirado o sigilo determinado pelo governo sobre estudos que embasam a proposta. Ontem, lideran�as do Pal�cio do Planalto admitiram que ser�o feitas mudan�as no texto, com a retirada de propostas consideradas “jabutis”.

O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), l�der da oposi��o na C�mara, afirmou que, se a vota��o na comiss�o n�o for suspensa na sess�o de hoje, ser� apresentada uma quest�o de ordem para barrar a vota��o logo no in�cio da reuni�o do colegiado.

“N�o � razo�vel que se pe�a aos deputados que votem essa proposta na CCJ sem que tenhamos acesso aos dados”, disse Molon. A oposi��o anunciou duas a��es judiciais e um projeto de decreto legislativo contra o sigilo de dados detalhados que embasam a proposta do governo.

A inten��o � suspender o andamento at� a pr�xima semana, at� que as informa��es sejam liberadas pelo Planalto.

Os deputados da oposi��o se reuniram com parlamentares do Centr�o para discutir cobran�a da libera��o de dados sobre a reforma apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) como contrapartida para a vota��o do texto.

Est� marcada para hoje a vota��o do parecer do deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) que votou pela admissibilidade das propostas que alteram a aposentadoria no pa�s.

ACORDO PELO FIM DO SIGILOPor meio de suas redes sociais, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM), anunciou ontem um acordo para que os dados sejam liberados na quinta-feira, com n�meros que embasam a reforma.

Maia tamb�m defendeu que o sigilo sobre os dados da Previd�ncia deve cair, mas ponderou que os estudos devem ser liberados quando se formar a comiss�o especial que vai tratar especificamente sobre as mudan�as propostas pelo governo. Segundo Maia, a previs�o � que a comiss�o seja formada em 7 de maio.

“Isso vai ter que estar aberto no dia da instala��o da comiss�o especial. Esses dados precisam ser abertos, ou n�o tem como come�ar a trabalhar”, afirmou o presidente da C�mara. Segundo o deputado, os parlamentares que v�o se debru�ar sobre os impactos das propostas precisam ter acesso a todas as informa��es que o governo conseguiu colher sobre o tema.

O secret�rio especial da Previd�ncia e Trabalho, Rog�rio Marinho, negou que h� impedimento ou sigilo sobre o detalhamento da reforma. Ele afirmou que a equipe econ�mica do governo federal refina os dados para levar � comiss�o especial e ressaltou que os dados que embasam apresenta��o do projeto s�o p�blicos e est�o no Congresso desde 2017.

“N�o h� decreto de sigilo nem hoje, nem ontem nem amanh�. Queremos apresentar os dados refinados, desagregados. Mas o banco de dados contempla mais de 3 mil abas, s�o milh�es de n�meros que precisam ser compatibilizados para permitir maior nitidez para a ocasi�o do m�rito da proposta”, explicou Marinho.

Ele afirmou que o governo n�o admite “jabutis” no texto, ou seja, temas alheios � reforma da Previd�ncia inclu�dos no texto para que haja margem para cortes na negocia��o.

Ontem, Marinho considerou que � poss�vel mudan�as no projeto, mas que as eventuais altera��es n�o devem diminuir a economia planejada pelo governo com as novas regras de acesso � aposentadoria.

“Estamos tratando do tema com os l�deres que nos procuraram para trazer algumas sugest�es. � poss�vel algumas modifica��es”, afirmou.

O tom do secret�rio foi parecido com o da l�der do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), para articular o andamento da reforma.

“Se for preciso dar um pequeno passo para tr�s, para dar 10 passos � frente, � muito mais inteligente fazer essa negocia��o”, disse a deputada. Ela analisou que qualquer ponto do texto pode ser objeto de negocia��o, desde que a “espinha dorsal” da proposta seja mantida.

 


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