
O presidente da C�mara, Rodrigo Maia, criou nesta quarta-feira a comiss�o especial que vai analisar a reforma da Previd�ncia (PEC 6/19). O colegiado ser� composto por 34 membros e 34 suplentes.
"Gostaria muito de instalar essa comiss�o na quinta-feira (25), mas dependo de cada um dos l�deres, daqueles que t�m mais de 50 deputados e daquele partido que tem 4 ou 5 deputados. Todos ajudaram, todos ser�o ouvidos nas minhas decis�es. Mas acho que, se conseguir at� ter�a-feira [instalar a comiss�o], seria uma demonstra��o de muita responsabilidade com o Pa�s", disse o presidente a jornalistas.
Articula��o
Nesta manh�, Maia recebeu na resid�ncia oficial o l�der do MDB, Baleia Rossi (SP); o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; o secret�rio da Previd�ncia, Rog�rio Marinho; e o secret�rio especial da Fazenda, Waldery Rodrigues.
Baleia Rossi afirmou que, apesar de o governo estar mais bem articulado, � preciso fortalecer cada vez mais o di�logo. Ele defendeu ainda a retirada de outros pontos da proposta da Previd�ncia como o Benef�cio da Presta��o Continuada e a aposentadoria rural. Para Rossi, o partido tem um compromisso com a agenda de recupera��o econ�mica, mas n�o de participar da base do governo.
“Definimos que, na comiss�o especial, vamos tirar o BPC, os aposentados rurais, os deficientes. Vamos fazer uma prote��o aos mais pobres. Eu percebo que a cada dia, o governo est� se organizando melhor e, por isso, acredito que teremos um trabalho mais c�lere na comiss�o especial”, disse.
“N�s somos parceiros de uma agenda de recupera��o da economia, de uma agenda social, mas n�o participamos do governo reivindicando cargos”, afirmou Baleia Rossi.
Dados da Previd�ncia
O secret�rio Rog�rio Marinho informou que amanh� (25) vai se reunir com l�deres partid�rios para apresentar os n�meros que embasaram a proposta do governo da reforma da Previd�ncia e o impacto financeiro da medida. V�rios parlamentares pediram esses dados nesta semana.
Marinho refor�ou que o governo vai dialogar, mas n�o pretende abrir m�o de v�rios pontos da PEC. “O governo n�o est� conformado de abrir m�o de nenhum pressuposto do projeto antes de entrar no processo de discuss�o. Espero ter a oportunidade, em nome do governo, de dizer o porqu� de cada um dos projetos”, adiantou.
“Em rela��o � aposentadoria rural, se voc� tem 16% de pessoas que moram no campo e 32% dos aposentados do Regime Geral s�o rurais, evidente h� uma fragilidade no cadastro; e na hora em que segurados especiais recebem um benef�cio assegurado pela lei que n�o lhes s�o devidos, o preju�zo � compartilhado pelo conjunto da sociedade. Isso tem que ser enfrentado”, defendeu Marinho.
Com Ag�ncia C�mara