
A Pol�cia Federal de Minas Gerais pediu mais 90 dias para finalizar o inqu�rito que apura a facada sofrida pelo presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral em 2018. Esta � a terceira vez que isso acontece e a alega��o � de que, entre outros pontos, falta ouvir pessoas que tiveram contato com Ad�lio Bispo de Oliveira, autor do atentado ao ent�o candidato Jair Bolsonaro (PSL).
O pedido da PF foi remetido nesta quarta-feira, 24, para ser analisado pelo Minist�rio P�blico Federal em Juiz de Fora, cidade mineira onde ocorreu o ataque. O documento � assinado pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes, que justifica a solicita��o argumentando que faltam alguns exames periciais e terminar de apurar suposta fraude na p�gina do acusado em uma rede social.
A finalidade do inqu�rito � descobrir se Ad�lio teve a ajuda de algu�m ou de alguma organiza��o criminosa. Ele foi preso logo ap�s o ato e as investiga��es realizadas at� agora apontam que ele agiu sozinho por discordar politicamente de Bolsonaro.
Se o novo prazo for concedido, a PF tamb�m espera durante este per�odo obter da Justi�a a libera��o para an�lise dos materiais apreendidos com o advogado de defesa Zanone Manuel de Oliveira J�nior, visando a saber quem pagou seus honor�rios para defender Ad�lio.
O agressor, por sua vez, segue no pres�dio federal de Campo Grande (MS). Filmagens da �poca do ataque mostram Ad�lio esfaqueando Bolsonaro no abd�men. A agress�o aconteceu em 6 de setembro e fez com que a v�tima ficasse por mais de 20 dias internada e tendo de passar por duas cirurgias.
O presidente Bolsonaro � quem mais tem cobrado a identifica��o do suposto mandante do atentado. Mas o advogado de Ad�lio reafirma a tese de que seu cliente agiu sozinho e que possui problemas mentais. Laudos periciais indicam que o agressor � semi-imput�vel, n�o dispondo de plena capacidade de compreens�o dos pr�prios atos.
Defesa
Procurado para comentar o pedido de prorroga��o do inqu�rito, o advogado de defesa diz considerar isso normal. "Mas eles n�o v�o achar nada. J� vasculharam a vida de todo mundo, ent�o, se houvesse algo j� teriam encontrado. Afinal, estamos falando de um crime contra o presidente da Rep�blica", disse Zanone Manuel J�nior.
O defensor contou que j� reviraram sua vida, a de Ad�lio e de toda a sua fam�lia. "Ent�o, s� se for para inventar alguma coisa", falou sobre o pedido de mais prazo. "O cara � doid�o!", justificou o advogado sobre o crime. Por isso, diz que a defesa n�o est� pedindo a soltura do agressor, mas sim sua transfer�ncia para um hospital onde receba um tratamento adequado".
Zanone tamb�m foi questionado pela reportagem sobre a investiga��o da pol�cia que quer descobrir quem est� pagando seus honor�rios. "Ah, isso v�o ficar querendo saber... Mas s� na pr�xima encarna��o", desconversou.