A Justi�a de S�o Paulo solicitou nesta ter�a-feira o bloqueio imediato de R$ 128 milh�es da conta do deputado federal A�cio Neves (PSDB). A indisponibilidade do valor tem rela��o com a��o que investiga o pagamento de vantagens ao parlamentar pelo empres�rio Joesley Batista e pelo grupo J&F.
Em nota, a defesa do tucano afirma que apresentou recurso contra a medida e a considera “inusitada e incompreens�vel”. A decis�o � do juiz Jo�o Batista Gon�alvez, da 6º Vara Federal Criminal. O bloqueio ainda afeta empresas e 13 pessoas, entre elas, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB) e o ex-deputado federal Benito Gama (PTB), no valor de at� R$ 20 milh�es para cada um..
O bloqueio corresponde a investiga��o que apura den�ncia de que a compra do pr�dio em que funcionava o jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte, teria sido feita para repassar o valor de R$ 17.354.824,75 ao tucano. A quantia teria sido pedida para quitar d�vidas da campanha de 2014, quando A�cio concorreu � Presid�ncia. Ainda de acordo com a den�ncia, o valor inicialmente pedido pelo atualmente deputado, foi de R4 18 milh�es.
Segundo o Minist�rio P�blico Federal, "A�cio Neves, no exerc�cio do mandato de Senador da Rep�blica e em raz�o do referido cargo, teria solicitado a Joesley Batista, bem como ao Grupo J&F, no per�odo entre 2014 e 2017, vantagens indevidas em quatro oportunidades, sob a promessa de favorecimento em eventual governo presidencial do per�odo entre 2015 a 2018".
No mesmo processo consta ainda que, posteriormente, A�cio Neves ainda teria solicitado a Joesley o pagamento de mensalidades de R$ 50 mil. O valor seria pago em publicidade na R�dio Arco Iris – com nome fantasia de Jovem Pan BH -, de propriedade do tucano. A quantia seria usada, segundo o inqu�rito, para cobrir despesas pessoais. A somat�ria dos valores pagos a A�cio totalizaria cerca de R$ 920 mil.
De acordo com a defesa de A�cio, os valores de referem a doa��es de campanha feitas a �poca pela JBS, declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que se destinaram tamb�m a outros partidos.
“Depois, o destino final desses recursos comprovadamente foram os diferentes partidos pol�ticos da coliga��o do PSDB. Nunca houve sequer uma acusa��o de que o deputado A�cio tenha se beneficiado pessoalmente de nenhum centavo”, afirma nota assinada pelo advogado Alberto Toron.
A defesa ainda nega que os recursos tenham “transitado” pelas contas do deputado e que as acusa��es s�o fruto de “busca desesperada” pela valida��o da dela��o. “Registre-se que os aventados R$ 128 milh�es nunca entraram, sa�ram ou transitaram nas contas do deputado, que, ao longo dos anos, n�o chegou a ter como saldo, entre conta banc�ria e aplica��o financeira, sequer 1% de tal valor”, informa o advogado.
Cristiane e Benito
Segundo a decis�o, na condi��o de presidente do PTB durante a campanha de 2014, Benito da Gama "teria recebido R$ 20.000.000 00, decorrentes de supostos cr�ditos ajustados entre o Grupo J&F e o Senador A�cio Neves". "A referida quantia teria sido paga em troca de apoio pol�tico do PTB para a campanha presidencial de 2014, expondo a autoridade policial que o investigado teria participado de reuni�o na sede do Grupo J&F para tratar das contribui��es para o partido".
"Cristiane Brasil Francisco ent�o deputada Cristiane Brasil seria a presidente do PTB a partir do final de 2014 e teria recebido R$ 20.000.000,00 decorrentes do suposto cr�dito de propina ajustada entre o Grupo J&F e o ent�o Senador A�cio Neves", escreve. (Com Estad�o Conte�do)