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Estado de Minas POL�TICA

Ad�lio falou que Bolsonaro 'entregaria riquezas para o FMI' ao justificar facada

A doen�a mental de Ad�lio Bispo, conforme relatada no posicionamento do juiz, se caracteriza pela 'presen�a de del�rios persistentes'


postado em 30/05/2019 18:11 / atualizado em 30/05/2019 20:12

O autor do atentado está preso em Campo Grande (MS)(foto: Reprodução)
O autor do atentado est� preso em Campo Grande (MS) (foto: Reprodu��o)
Ad�lio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra o hoje presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, afirmou durante avalia��o psiqui�trica que tentou assassinar o ent�o candidato porque, se eleito, Bolsonaro "entregaria nossas riquezas ao FMI, aos ma�ons e � m�fia italiana".

Para Ad�lio, de acordo com o que disse na avalia��o, seriam mortos "os pobres, pretos, �ndios, quilombolas, homossexuais, s� ficando os ricos ma�ons dominando as riquezas do Brasil". O autor do atentado, cometido � faca, na cidade mineira em 6 de setembro do ano passado, est� preso em Campo Grande (MS).

Ad�lio Bispo disse ainda que, quando sair da pris�o, vai "cumprir sua miss�o de matar Bolsonaro e tamb�m Michel Temer (ex-presidente da Rep�blica), que tamb�m participaria do compl� ma��nico para conquistar as riquezas do Brasil".

As declara��es constam na decis�o do juiz Bruno Savino, da 3.ª Vara Federal de Juiz de Fora, que julgou inimput�vel (impossibilidade de ser condenado) o agressor de Bolsonaro por sofrer de Transtorno Delirante Persistente.

Em carta enviada � dire��o do pres�dio onde est�, Ad�lio Bispo pede transfer�ncia para Montes Claros, Regi�o Norte de Minas, onde j� morou, "em raz�o daquele pr�dio ter sido constru�do com caracter�sticas da arquitetura ma��nica, al�m do local estar impregnado de energia sat�nica".

A decis�o reproduz trecho do laudo psiqui�trico de Ad�lio Bispo e como surgiu a doen�a. "O periciado � portador de Transtorno Delirante Persistente. A raiz da doen�a � gen�tica, refor�ada por viv�ncia traum�tica na mais tenra inf�ncia. O periciado em nenhum momento citou qualquer rela��o afetiva. Da mesma forma, tanto no primeiro quanto no segundo (tempo pericial) n�o se referiu a nenhum amigo (...) Ou seja, apresenta uma total falta de capacidade de vincula��o (...)".

O relat�rio diz ainda que o agressor de Bolsonaro em momento algum relatou qualquer rela��o com parentes. "Na curva vital do periciado vemos como e depois se manifesta essa personalidade paranoide, culminando na eclos�o da doen�a. N�o nos conta nada sobre irm�os, parentes, amigos, dando-nos a impress�o de como n�o existissem. O que nos leva a concluir que j� naquela �poca se tratava de um indiv�duo isolado, com poucos relacionamentos, contatos com outras pessoas".

E, ainda, problemas no trabalho. "Come�am a surgir com mais clareza as mudan�as de emprego - 'n�o me adaptava, achavam que tinha que fazer de um jeito e eu achava que era de outro' (...) Sentindo-se sempre inferiorizado diante disso, pede demiss�o". Bispo teria passado por mais de 30 empregos em 20 anos, conforme consta na decis�o.

A doen�a mental de Ad�lio Bispo, conforme relatada no posicionamento do juiz, se caracteriza pela "presen�a de del�rios persistentes. Descrevendo compl�s imagin�rios de entidades poderosas nos quais se v� enredado. N�o � raro que acompanhe o indiv�duo ao longo da vida". E que pessoas que convivem com quem tem a doen�a raramente percebem a intensidade da patologia e subestimam os riscos que ela pode apresentar".

O advogado de Ad�lio Bispo, Zanone Manuel de Oliveira, afirmou que todas as declara��es de seu cliente condizem com o resultado do laudo pela inimputabilidade e a decis�o do juiz. "No in�cio, acharam que era lero-lero da defesa a alega��o de problemas mentais de Ad�lio Bispo. Mas hoje est� provado que n�o era", disse.


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