
Novas conversas atribu�das ao ent�o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, S�rgio Moro, e o coordenador da for�a-tarefa da Lava-Jato, procurador Deltan Dallagnol, foram publicadas na noite desta ter�a-feira pelo site The Intercept.
Nos trechos, o procurador e o ent�o juiz teriam ajeitado a condu��o das investiga��es envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) com a inten��o de n�o afastar poss�vel apoio que o tucano dava �s investiga��es da opera��o.
Dallagnol responde o ent�o juiz afirmando que “em pr�nc�pio sim, o que tem � muito fraco”; Moro volta a indagar se o caso n�o estaria prescrito, mas Dallagnol esclarece a ele que o poss�vel vencimento do caso de investiga��o n�o chegou a ser avaliado pela equipe que remeteu o caso para S�o Paulo. O procurador completa: “Suponho que de prop�sito. Talvez para passar recado de imparcialidade”.
A estrat�gia, no entanto, � criticada por S�rgio Moro. “Ah, n�o sei. Acho question�vel pois melindra algu�m cujo apoio � importante”.

Na sequ�ncia, o The Intercept publicou uma s�rie de trechos em que os procuradores tra�am estrat�gias para que o PSDB fosse inclu�do em fases da opera��o, principalmente, para dar a opini�o p�blica a mensagem de que a Lava-Jato seria imparcial, tese fortemente levantada por integrantes da esquerda e apoiadores do ex-presidente Lula.
Em uma das conversas, que segundo o site teriam ocorrido em 17 de novembro de 2015, outro procurador que integra a for�a-tarefa, Roberson Pozzobon,o sugeriu que em uma das fases o Instituto Lula e o Instituto Fernando Henrique Cardoso fosse alvo de a��es ao mesmo tempo. “Assim ningu�m poderia indevidamente criticar nossa atua��o como se tivesse vies partid�rio”, justificou Pozzobon
Nas imagens, disponibilizadas por Pozzobon no grupo de procuradores, a informa��o de uma secretaria do iFHC que dava a op��o de dep�sito direto na conta do instituto como doa��o ou a possibilidade de contrata��o de novo servi�o. Ela negociava com a Brasken, bra�o petroquimico da Odebrecht. O servi�o, no entanto, n�o foi especificado. Apesar disso, o epis�dio foi tratado como “fratura exposta” por Pozzobon.
S�rgio Moro deve ir ao Senado �s 9h desta quarta-feira (19), para prestar esclarecimentos na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da Casa. Ele vai ao local na condi��o de convidado.
Procurado pela reportagem, o Minist�rio da Justi�a informou que S�rgio Moro n�o reconhece a autenticidade das mensagens. Ele tamb�m negou interfer�ncia no caso envolvendo o ex-presidente.
Leia a �ntegra da nota do Minist�rio:
“Sobre as supostas mensagens divulgadas, esclarecemos:
- O Ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, n�o reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido editadas e manipuladas, e que teriam sido transmitidas h� dois ou tr�s anos.
- Nunca houve interfer�ncia no suposto caso envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi remetido diretamente pelo Supremo Tribunal Federa a outro Ju�zo, tendo este reconhecido a prescri��o.
- A atua��o do Ministro como juiz federal sempre se pautou pela aplica��o correta da lei a casos de corrup��o e lavagem de dinheiro.
- As conclus�es da mat�ria veiculada pelo site Intercept sequer s�o autorizadas pelo pr�prio texto das supostas mensagens, sendo mero sensacionalismo”