
“Eu ia fazer algumas perguntas, mas como o senhor est� se esquivando e n�o est� respondendo, eu queria fazer uma analogia”, afirmou Braga. “Imaginem um campo de futebol e um juiz marca um p�nalti inexistente contra um dos times, de maneira programada. Esse mesmo juiz orienta um jogador para sua melhor posi��o para que n�o seja marcado um impedimento. Esse mesmo juiz d� um cart�o vermelho para um dos jogadores do time advers�rio ao seu. Depois, no hor�rio do intervalo, ele desce ao vesti�rio para orientar junto com o t�cnico o time que est� vencendo a partir das manobras”, prossegue.
“E ao final do jogo viciado, a fam�lia desse juiz comemora nas redes sociais a vit�ria do time que foi vencedor a partir dessas manobras. Se n�o fosse suficiente, alguns meses depois o juiz muda de fun��o e vai para a diretoria do time que ele ajudou a vencer a disputa. Senhor S�rgio, a hist�ria n�o absolver� o senhor. Da hist�ria o senhor n�o pode se esconder. E estar� nos livros de hist�ria como um juiz que se comrrompeu, como um juiz ladr�o. � isso que vai estar nos livros de hist�ria. (..) � o que senhor �, um juiz que se corrompeu e, apesar dos gritos, um juiz ladr�o”, encerrou o parlamentar do PSol.
A presidente da Sess�o, deputada Professora Marciv�nia, (PCdoB-AP), ainda tentou dar continuidade. Governistas reclamaram do tom do parlamentar do PSol e Marciv�nia defendeu que ele tinha o direito de se expressar e n�o usou palavra de baixo cal�o. Nesse momento, a discuss�o j� come�ava a inflamar. O deputado Delegado �der Mauro (PSD-BA) levantou e come�ou a discutir a cent�metros do rosto de Braga e o bate-boca se generalizou.
O ministro deixou o plen�rio e deputados de variados partidos protestavam, ou para encerrar, ou para dar continuidade. Professora Marciv�nia insistia que os deputados sentassem e afirmou que retiraria das notas taquigr�ficas as ofensas � Moro. A oposi��o come�ou a gritar “fuj�o” para o ex-juiz, e os governistas respondiam com gritos de “ladr�o”.
Em seguida, governistas acusaram a presidente de encerrar a sess�o. Outros pediam respeito e que sa�ssem da frente da mesa. A deputada Professora Marciv�nia afirmou que a sess�o estava encerrada. Depois, voltou atr�s, mas, regimentalmente, n�o era mais poss�vel. O ministro tamb�m n�o retornou e, em pouco tempo, o plen�rio da CCJ se esvaziou.