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Estado de Minas POL�TICA

Hackers tentaram invadir Telegram do celular do ministro Alexandre de Moraes

Grupo ainda atingiu o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e milhares de pessoas


postado em 26/07/2019 14:40 / atualizado em 26/07/2019 15:50

(foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)
(foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

O celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sofreu uma tentativa de invas�o entre o fim de abril e o in�cio de maio. O per�odo coincide com o qual o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM), e a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, foram alvo de ataques virtuais do grupo preso pela Pol�cia Federal na Opera��o Spoofing.

Alexandre de Moraes foi informado pelo pr�prio Telegram que havia sido v�tima de uma "tentativa frustrada" de invas�o do aplicativo. O ataque n�o teve sucesso por aus�ncia da senha de verifica��o dupla, que possibilitasse acesso ao login.

Ap�s a tentativa de invas�o, o ministro apagou o aplicativo, que pouco usava.

O grupo de hackers atingiu ainda o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e milhares de pessoas.

No caso de Bolsonaro, os investigadores j� sabem que a tentativa de acessar os dados no aplicativo Telegram foi bem-sucedida e ocorreu neste ano. O conte�do das mensagens, contudo, n�o ser� analisado pela PF, mas encaminhado � Justi�a Federal. No Pal�cio do Planalto, o fato � considerado crime de seguran�a nacional.

A partir de uma esp�cie de central de grampos montada em Araraquara, no interior de S�o Paulo, presos na Opera��o Spoofing tentavam acessar conversas privadas dos alvos. Nem todas as autoridades tiveram mensagens capturadas ou mesmo os celulares efetivamente invadidos, segundo as investiga��es preliminares da PF. Rodrigo Maia, por exemplo, afirmou que n�o utiliza o aplicativo Telegram, meio usado para invadir as contas das v�timas.

Bolsonaro disse n�o estar preocupado e que os hackers "perderam tempo" ao o escolherem como alvo. "Sempre tomei cuidado nas informa��es estrat�gicas. Essas n�o s�o passadas por telefone. N�o estou nem um pouco preocupado se, porventura, algo vazar do meu telefone, n�o v�o encontrar nada que comprometa. Perderam tempo comigo", afirmou o presidente durante visita a um col�gio militar em Manaus. A informa��o de que o celular de Bolsonaro estaria entre os hackeados foi antecipada nesta quinta-feira, 25, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Penas

Inicialmente, os quatro presos s�o investigados pelos crimes de invas�o de dispositivos inform�ticos e intercepta��es telef�nicas, que prev� pena m�xima de 3 anos e 4 meses. Caso tamb�m sejam enquadrados na Lei de Seguran�a Nacional, como defendem integrantes do Planalto, a puni��o pode chegar a 15 anos de pris�o.

A lista de autoridades alvo do grupo tamb�m inclui o presidente do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), Jos� Ot�vio Noronha, a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, al�m de pelo menos 25 membros do Minist�rio P�blico Federal. Ainda h� dois ministros de Bolsonaro, Sergio Moro, da Justi�a e Seguran�a P�blica, e Paulo Guedes, da Economia. Nem todas as v�timas foram identificadas.

Modus operandi

Cada um dos quatro presos pela PF teve um envolvimento no crime. Os investigadores j� sabem que o cabe�a � Walter Delgatti Neto, o "Vermelho". Ele admitiu em depoimento ser respons�vel pelas invas�es e ter repassado ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, o conte�do das intercepta��es de autoridades, conforme revelou nesta quinta o Estado.

De acordo com a PF, Delgatti Neto utilizava celulares e computadores de alta tecnologia para acessar as contas de aplicativos de conversas. A t�tica consistia em aproveitar uma falha no sistema de operadoras de telefonia que permite o acesso � caixa postal sem a necessidade de senha. A PF informou ter enviado nesta quinta um of�cio � Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) sobre as vulnerabilidades encontradas no sistema de telefonia no Pa�s.

Mesmo ap�s a informa��o de que Bolsonaro foi alvo do ataque virtual, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que por ora n�o h� previs�o de mudar procedimentos de comunica��o na Esplanada.

A exemplo de Bolsonaro, Onyx mant�m o n�mero que usava antes de assumir o cargo. Eles se recusam a utilizar o aparelho criptografado oferecido pelo Gabinete de Seguran�a Institucional porque preferem falar pelo WhatsApp, que, para integrantes da �rea de seguran�a do governo, apresenta mais riscos.

O Terminal de Comunica��o Seguro (TCS), desenvolvido pela Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia para proteger informa��es trocadas entre autoridades, s� permite comunica��o com aparelhos similares. O pr�prio ministro do GSI, Augusto Heleno, usa o WhatsApp.

Onyx afirmou ainda que o assunto deve ser discutido em uma reuni�o ministerial prevista para a pr�xima ter�a-feira, caso haja alguma nova recomenda��o da Abin ou do Minist�rio da Justi�a. "O WhatsApp a gente usa regularmente, quase todos (os ministros). At� porque � o (aplicativo) mais usado por toda a sociedade", disse, ressaltando ter "zero preocupa��o" com eventuais vazamentos.

Em nota, o GSI disse que cabe �s autoridades "optar pelo equipamento e oper�-lo conforme suas necessidades funcionais". "O TCS � m�vel, possui fun��es de chamada de voz e troca de mensagens e arquivos criptografados com algoritmos de Estado", afirmou.


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