Bras�lia – A reestrutura��o comandada pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, cumpre uma ordem do pr�prio presidente Jair Bolsonaro. Em 21 de junho, ele admitiu que, na montagem do governo, houve “algumas mudan�as nas fun��es de cada um que n�o deu certo”. Sinalizou que, em “grande parte”, retornaria ao que era feito em “governo anterior”. A condu��o do monitoramento e di�logo referente a cargos e emendas parlamentares segue a din�mica da gest�o do ex-presidente Michel Temer, quando a Secretaria de Governo era chefiada por Carlos Marun.
A ordem expressa de Bolsonaro � para que o “toma l� da c�” n�o tenha vez. O desejo � que a articula��o seja conduzida por nomes capazes de desatar os n�s dos “problemas da articula��o pol�tica”, admitidos pelo pr�prio presidente em 21 de junho. A determina��o tem sido cumprida por Ramos. Afinal, mesmo postos respons�veis por operacionalizar emendas e cargos v�m sendo assediados por lideran�as partid�rias no Congresso.
O ministro foi consultado por l�deres e outros parlamentares da c�pula de alguns dos partidos mais numerosos da centro-direita no Parlamento. A Ramos, foram sugeridos alguns nomes para ocupar cargos estrat�gicos na pasta. Entre eles, o de deputados que n�o conseguiram a reelei��o. Um interlocutor do ministro diz que ele bateu o p� e n�o aceitou a oferta. “Outros ex-deputados chegaram a ocupar cargos de articula��o na Casa Civil, e n�o funcionou nos outros seis primeiros meses. Por que o ministro faria o mesmo? Ele foi educado e declinou”, afirma.
Prioridade para Ramos nesta semana, a vota��o em segundo turno da reforma da Previd�ncia ser�, hoje, alvo de conversas entre o ministro e l�deres partid�rios. O objetivo � tra�ar as estrat�gias. H� duas em mente. O “plano A” � abrir sess�o na tarde de hoje e outra amanh�, pela manh�, para votar at� quarta-feira. O “plano B” � propor um requerimento na ter�a-feira para quebrar o per�odo de interst�cio e votar no mesmo dia. O ministro, no entanto, deixar� claro �s lideran�as que o governo n�o deve apresentar um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) prevendo a abertura de um cr�dito suplementar extra para cumprir com o pagamento de emendas.
Remanejamento
A proposta foi confirmada � imprensa pela l�der do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), ainda em 11 de julho. A ideia seria apresentar um projeto para liberar mais recursos a minist�rios como Educa��o, Sa�de e Desenvolvimento Regional, a fim de prever espa�o no Or�amento para o cumprimento das emendas. “A gente est� trabalhando no PLN para que tudo que foi acordado seja discutido atrav�s do projeto”, declarou a parlamentar � �poca. O texto n�o foi apresentado aos l�deres e, em decorr�ncia disso, o segundo turno foi adiado para depois do recesso parlamentar.
O ministro disse a assessores que o PLN 4 aprovado, por unanimidade, no in�cio de junho, deu ao governo recursos necess�rios para honrar com todos os compromissos. O texto autorizou a abertura de cr�dito suplementar de R$ 248,9 bilh�es por meio de emiss�o de t�tulos. “Na Secretaria de Governo, ningu�m fala de um novo PLN. Para o Ramos, seria a desmoraliza��o da desmoraliza��o. � poss�vel remanejar recursos dentro do pr�prio Or�amento”, afirma um interlocutor. (RC)
Por unanimidade
R$ 248,9 bilh�es
cr�dito suplementar aprovado em junho para honrar compromissos