
Rodrigues, que � comiss�rio de bordo, fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio � comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na reuni�o do G-20, no Jap�o. O avi�o da For�a A�rea Brasileira (FAB) em que estava o militar parou na Espanha, onde haveria uma escala na viagem.
A equipe n�o fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente e a droga foi encontrada na bagagem pessoal do militar. Mesmo assim, o epis�dio envolvendo um voo oficial da Presid�ncia causou desgaste internacional a Bolsonaro.
O pedido para que os oficiais que investigam o caso no Brasil possam interrogar o sargento foi enviado � Espanha pela FAB logo ap�s a pris�o, com a abertura de Inqu�rito Policial Militar (IPM).
Sem conseguir ouvir Rodrigues, por�m, a conclus�o do inqu�rito precisou ser adiada por mais 20 dias, no in�cio do m�s. A expectativa � de que um novo pedido de prorroga��o seja feito no dia 23 de agosto, quando o prazo se esgota.
Enquanto isso, a equipe da FAB que apura o caso est� ouvindo outras pessoas que j� viajaram com o sargento. Est� sendo avaliado at� mesmo se ele transferiu patrim�nio a parentes e amigos. Desde 2015, Rodrigues fez pelo menos 29 viagens oficiais, e em uma delas estava no grupo de militares que seguiram Bolsonaro de Bras�lia a S�o Paulo, em fevereiro deste ano.
Procurada, a PF tamb�m informou que aguarda sinaliza��o das autoridades da Espanha para marcar o interrogat�rio. O objetivo da investiga��o da PF � apurar eventuais liga��es do militar com narcotraficantes e as circunst�ncias que propiciaram a obten��o da droga. J� a defesa afirma que existe uma "arma��o" contra Rodrigues.
Seguran�a
A pris�o do sargento com droga na bagagem fez a Aeron�utica rever as normas de embarque de avi�es militares nas bases a�reas mais estruturadas e da comitiva presidencial. Desde julho, est�o em vigor os novos procedimentos, que preveem vistorias mais rigorosas.
Antes, as revistas das bagagens eram aleat�rias, assim como a dos passageiros, que nem sempre eram submetidos aos p�rticos de raio X. Agora, somente passageiros previamente identificados e tripulantes entram na �rea onde ficam os avi�es que ir�o decolar. Essas medidas n�o foram adotadas no caso do avi�o que levou o sargento para a Espanha.