
A defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva apresentou um novo habeas corpus em favor do cliente no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta ter�a-feira (13/8). Na a��o, os advogados solicitam que mensagens do aplicativo Telegram, apreendidas com hackers durante a opera��o Spoofing, da Pol�cia Federal, sejam usadas como prova.
Para a defesa, as mensagens revelam que "as investiga��es contra o ex-presidente Lula foram iniciadas a partir de um comando emitido pelo ex-juiz Sergio Moro ao procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol sobre supostas propriedades destinadas aos filhos de Lula" e que "os procuradores da Rep�blica sabiam que n�o havia qualquer prova efetiva contra Lula no caso do tr�plex, tampouco v�nculo com a Petrobras, mas a despeito disso, ofereceram den�ncia e pediram a condena��o do ex-presidente".
O recurso (rem�dio constitucional) deve ser analisado pela Segunda Turma do Supremo, onde j� tramita outro habeas corpus, baseado num pedido de suspei��o do ent�o juiz Sergio Moro para julgar o caso. Esse pedido chegou a ser analisado, em junho, mas o julgamento n�o foi conclu�do e deve ser retomado neste semestre. Ainda n�o existe data definida para o julgamento do novo pedido. No entanto, a��es desse tipo, em que o r�u est� preso, t�m prioridade na agenda de vota��es.
Mensagens apreendidas
As mensagens de celular que os advogados de Lula querem que sejam consideradas como provas foram apreendidas com quatro pessoas suspeitas de hackear diversas autoridades, incluindo Sergio Moro. Um dos detidos disse ter sido o respons�vel por enviar as conversas ao site The Intercept, que, desde junho, publica v�rios di�logos atribu�dos ao ministro da Justi�a e procuradores da Lava-Jato.
Quando houve a pris�o, Moro chegou a dizer que as mensagens seriam destru�das para preservar a intimidade dos hackeados, mas depois disse que foi mal interpretado. Ministros do STF tomaram decis�es que impedem a destrui��o das mensagens e solicitaram o envio delas para a Corte.
