
Presidente da comiss�o processante que investiga Christiano, Sandro Coelho disse que, al�m do registro de um boletim de ocorr�ncia, o Minist�rio P�blico ser� acionado. “Essa atitude dele � descabida, mas � o cargo de delegado, parece que n�o saiu dele. Os outros dois vereadores (C�sar Lara e Vagner Guin�) tamb�m est�o intimidados, vamos fazer um boletim de ocorr�ncia e vamos ao Minist�rio P�blico para denunciar que estamos sendo coagidos pelo prefeito”, disse ao Estado de Minas.
Sandro completou: “Estamos sendo amea�ados, � algo bem anormal o que est� sendo feito. Mesmo porque isso � um servi�o que a C�mara tem que cumprir, e fomos sorteados para integrar a comiss�o. Analisamos apenas, n�o julgamos nada ainda. A partir de sexta-feira, vamos deliberar que a defesa dele ter� que come�ar a apresentar”.
No �ltimo s�bado, Christiano fez uma live no Facebook no qual rebateu a decis�o da Comiss�o Processante em seguir com as investiga��es depois do relat�rio, j� apresentado a todos os parlamentares. O prefeito � acusado de cometer irregularidades na administra��o. Durante o v�deo, ele critica os tr�s vereadores e pede que a vota��o para abertura do processo de impeachment se d� “�s 17h ou 18h” para ele estar presente.
Em nota, a prefeitura disse que “o prefeito de Santa Luzia, delegado Christiano Xavier, n�o%u200B concorda em ver uma comiss�o de impeachment formada apenas por advers�rios pol�ticos. Ainda hoje (segunda-feira), o chefe do Executivo registrou um boletim de ocorr�ncia, referente a ofensas que recebeu de um dos parlamentares que comp�em a comiss�o. Encerra, alegando que em sua live apenas solicitou que a vota��o referente ao processo de impeachment ocorra fora do hor�rio comercial, "para que tanto ele quanto a popula��o possam acompanhar”.
Entenda o caso
A den�ncia que pode levar ao afastamento de Christiano foi aprovada em plen�rio da C�mara em 6 de agosto. O “sim” venceu por 10 votos a 5. Quem apresentou a representa��o contra o chefe do Executivo foi o advogado Abra�o Gracco, o mesmo que pediu o impeachment da ex-prefeita Roseli Pimentel (PSB), em novembro de 2017 (ela renunciou ao cargo em maio de 2018).
Na den�ncia, o advogado defende que Christiano descumpriu a Lei Org�nica ao infringir tr�s normas: ausentar-se do pa�s sem autoriza��o, desrespeitar decreto de calamidade financeira e n�o aplicar verbas p�blicas destinadas � sa�de. Um dia depois da aprova��o do relat�rio que pede sua cassa��o, o prefeito disse que a acusa��o era “um grande circo”, “uma palha�ada” e que a gest�o age com “transpar�ncia, dentro dos aspectos da regularidade, com pareceres fortes e embasados por nossa procuradoria”.