
Walter Faria est� preso desde 5 de agosto, quando se entregou � Pol�cia Federal do Paran�, para cumprir ordem de pris�o preventiva em uma outra investiga��o, na Opera��o Rock City, fase 62 da Lava-Jato que atribui � cervejaria esquema de lavagem R$ 329 milh�es para a Odebrecht.
Apontado pelos investigadores como "grande operador de propina" do esquema Odebrecht instalado na Petrobras, Walter tamb�m est� com os bens bloqueados no valor de at� R$ 1,3 bilh�o - montante que ele pr�prio admitiu manter no exterior.
Nessa investiga��o, Vanu� Faria, sobrinho do dono do Grupo Petr�polis, admitiu, em depoimento � Pol�cia Federal, que a cervejaria gerou dinheiro em esp�cie, como se fosse um "banco", para a Odebrecht, mediante pagamentos no exterior.
Os fatos relativos � primeira den�ncia contra o empres�rio por 12 crimes de lavagem de dinheiro s�o desdobramentos dos crimes j� apurados na a��o penal em que foram condenados o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerver� e os lobistas Julio Camargo e Fernando Soares, o "Fernando Baiano" e na a��o em que foram condenados os funcion�rios da petrol�fera Lu�s Carlos Moreira da Silva e Demargo Epif�nio, al�m dos operadores do MDB Jorge Luz e Bruno Luz.
A contrata��o da constru��o do navio-sonda Petrobr�s 10.000 pelo estaleiro coreano Samsung ocorreu ao custo de US$ 586 milh�es entre 2006 e 2008, destaca a Lava-Jato.
"Na ocasi�o, Jorge Luz e Bruno Luz atuaram junto a Fernando Soares e Julio Camargo, e ao ex-diretor Nestor Cerver� para operacionaliza��o do pagamento de propina de US$ 15 milh�es", sustentam os procuradores da for�a-tarefa.
A nova den�ncia est� centrada em etapa da lavagem de dinheiro transnacional decorrente da corrup��o nessa contrata��o, alegam os procuradores.
Segundo a den�ncia, documentos banc�rios obtidos na investiga��o comprovaram o recebimento de recursos milion�rios, sem causa econ�mica leg�tima, em contas no exterior controladas e movimentadas pelos acusados.
Os valores remetidos pelos operadores financeiros, j� condenados na Opera��o Lava-Jato, "usualmente se direcionavam aos funcion�rios da Petrobras, como Nestor Cerver�, e aos agentes respons�veis pela sua sustenta��o pol�tica nos cargos".
Para oferecer a den�ncia, os procuradores utilizaram de provas colhidas durante a investiga��o, inclusive depoimentos e documentos obtidos no �mbito de dela��o premiada, quebras de sigilo banc�rio e fiscal, relat�rio de Comiss�o Interna de Apura��o da Petrobras e rastreamento de contas ocultas no exterior, que foram obtidas mediante coopera��o jur�dica internacional.
Defesa
A assessoria de imprensa do Grupo Petr�polis afirma que "todos os esclarecimentos solicitados j� foram prestados aos �rg�os competentes, em diversas ocasi�es".