
As investiga��es miram supostas propinas de R$ 118 milh�es em contrapartida � edi��o das Medidas Provis�rias 470 e 472, que concederam o direito de pagamento dos d�bitos fiscais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com a utiliza��o de preju�zos fiscais de exerc�cios anteriores.
A for�a-tarefa da Lava-Jato chegou a pedir a pris�o de Mantega, que foi rejeitada pelo juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal do Paran�. O magistrado imp�s ao ex-ministro o uso de tornozeleira eletr�nica, que, depois, acabou sendo derrubado por decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
Bonat determinou tamb�m o bloqueio de R$ 555 milh�es de todos os investigados. Com rela��o a Mantega, o juiz imp�s a cautelar em at� R$ 50 milh�es. A outros executivos da Odebrecht, o valor chega aos R$ 128 milh�es.
No entanto, pela segunda vez, reduzidos valores foram encontrados nas contas do ex-ministro. Em tr�s contas, foram identificados os valores de R$ 28.079,81, R$ 5.219,66 e R$ 2.637,99.
Em setembro de 2016, ele j� havia sido alvo da Arquivo X, fase 24 da Lava Jato, que mirava supostas propinas em contratos do pr�-sal. � �poca, apenas R$ 4.447,55 foram encontrados.
Mantega j� � r�u na Lava-Jato por supostas propinas de R$ 50 milh�es da Odebrecht, envolvendo suposta contrapartida � edi��o das Medidas Provis�rias. A Carbonara Chimica foi deflagrada com o objetivo de aprofundar as investiga��es.
Apesar dos valores �nfimos em suas contas no Brasil, Mantega j� confessou ter uma conta secreta de US$ 600 mil na Su��a, valor atribu�do por ele como resultado da venda de um im�vel que herdou do pai.
A for�a-tarefa, no entanto, tem afirmado que ele tem omitido e dado vers�es "totalmente incoerentes" sobre suas contas no exterior. "A toda evid�ncia, a conduta adotada por Guido Mantega em propositalmente omitir a exist�ncia de valores no exterior revela a persist�ncia de seu intuito de oculta��o de recursos il�citos", dizem os procuradores.
Defesa
Na �poca da Carbonara Chimica, o advogado F�bio Tofic Simantob, que defende o ex-ministro Guido Mantega, foi taxativo. "Esta opera��o � muito importante para a defesa de Guido Mantega porque vai ajudar a provar que ele nunca recebeu um centavo da Odebrecht ou de quem quer que seja."