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Estado de Minas

Assembleia promulga emenda que obriga estado a destinar R$ 80 mi para emendas de deputados

Proposta de Emenda � Constitui��o foi aprovada no final do m�s passado com o voto de 52 deputados e cria emendas de bancada ao or�amento de Minas Gerais


postado em 05/09/2019 15:38 / atualizado em 05/09/2019 17:11

(foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press )
(foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press )

Agora � lei. A Assembleia Legislativa promulgou na tarde desta quinta-feira a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que torna obrigat�ria a execu��o, pelo Executivo, das emendas apresentadas pelos deputados estaduais ao or�amento – vedando a inclus�o no exerc�cio fiscal seguinte, na forma de "resto a pagar".

A PEC tamb�m cria a possibilidade de emendas por blocos ou bancadas parlamentares a partir de 2020, algo em torno em torno de R$ 80 milh�es. O texto da Emenda 100 � Constitui��o mineira foi publicado na edi��o de hoje do Di�rio do Legislativo.


No ano passado, o Legislativo aprovou a execu��o impositiva das emendas dos deputados estaduais no or�amento, mas a regra permitia que o Executivo deixasse at� 50% do valor como restos a pagar no exerc�cio seguinte.

No primeiro semestre, o governador havia avisado aos parlamentares que metade das emendas deles colocadas no or�amento de 2019 ficariam para o ano que vem, mas a regra foi revogada com a aprova��o da PEC.

No dia da vota��o, o vice-l�der de governo, Guilherme da Cunha (Novo), chegou a fazer um apelo para que a Casa rejeitasse o texto, mas apenas os tr�s parlamentares do Novo votaram contra. 

Ao criar as emendas de bancadas, a ideia � que elas sejam destinadas a grandes obras. Al�m dos R$ 5 milh�es individuais, a estimativa � que cada deputado ter� mais R$ 1 milh�o para incluir na cota de bancadas.

 “S�o recursos que v�o resolver problemas de grande monta, porque cada bloco hoje, com cerca de 20 deputados, ter� cerca de R$ 20 milh�es, que ser�o colocados em no m�ximo tr�s ou quatro projetos de valor expressivo para solucionar e atingir aqueles problemas que t�m um valor maior que a emenda parlamentar individual”, discursou o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), autor da PEC. 

At� ent�o, as indica��es de emendas de bancada eram uma prerrogativa apenas dos deputados federais no or�amento da Uni�o. No caso de Minas, do valor total remanejado no or�amento pelos blocos, 50% necessariamente dever�o ser destinados a projetos voltados para as �reas de sa�de ou educa��o.

O restante, ser� destinado a projetos e atividades considerados de atua��o estrat�gica e previstos no Plano Plurianual de A��o Governamental (PPAG). Pela emenda constitucional, o limite de execu��o ser� progressivo: 0,0017% do or�amento em 2020, 0,0033% em 2021 e 0,0041% a partir de 2022.

 

Munic�pios

 O prefeito da Associa��o Mineira de Munic�pios (AMM), Julvan Lacerda, participou do evento de promulga��o da PEC e ressaltou a import�ncia do texto para as prefeituras. 


"A maioria das emendas s�o destinadas aos munic�pios. Muitas vezes os deputados fazem a emenda, fazem a publicidade e depois ela n�o � executada. Quando ela passa a ser impositiva e tem que ser cumprida, com certeza � importante para os munic�pios", afirmou.

Julvan Lacerda comentou ainda sobre as duas legisla��es aprovadas na Casa e que foram apresentadas pelo deputado Hely Tarqu�nio (PSDB). O primeiro deles, j� sancionado pelo governador Romeu Zema, prev� que recursos do ICMS, IPVA e Fundeb sejam repassados automaticamente ao caixa das prefeituras. "� importante por ser um trabalho preventivo", disse.

Para de ter uma ideia, o Executivo deve cerca de R$ 7 bilh�es para os munic�pios por atrasos nas transfer�ncias que deveriam ter sido feitas ainda na gest�o de Fernando Pimentel (PT). Um acordo acertado com a participa��o do Tribunal de Justi�a prev� a quita��o da d�vida em 33 parcelas, partir de janeiro do ano que vem.

Da� surgiu um novo projeto de lei, j� aprovado na Casa e que ainda aguarda san��o do governador at� o pr�ximo dia 19. O texto possibilita que o munic�pio negocie esse cr�dito com institui��es banc�rias. � poss�vel ainda que, com autoriza��o das c�maras municipais, prefeitura use esse cr�dito para contrair financiamentos, tendo o governo estadual como avalista.

'Retardat�rio'

Autor dos dois projetos de lei que envolvem os munic�pios, o deputado Hely Tarq��nio afirmou que a transfer�ncia autom�tica das verbas para os cofres das prefeituras � uma medida preventiva e que vai dar fim �s reten��es promovidas pelo Executivo. Em caso de descumprimento da legisla��o, o gestor p�blico est� sujeito a penalidades previstas nas leis de improbidade administrativa e responsabilidade fiscal.

Em discurso, o parlamentar comentou que a Assembleia sempre esteve ao lado dos munic�pios e est� disposto a adotar medidas que ajudem as prefeituras diante do aperto financeiro vivido em Minas Gerais. E aproveitou para alfinetar o governador Romeu Zema, que na segunda-feira, durante evento na Casa, disse que a Assembleia era “retardat�ria” ao ser a �ltima institui��o a aderir ao Sistema Eletr�nico de Informa��es (SEI), plataforma digital para armazenamento e consulta de documentos. 

“Estamos trabalhando para promover aqui uma redu��o das desigualdades e ao mesmo tempo tirar os munic�pios do estado de pen�ria atrav�s de leis. N�s estamos trabalhando com o governo e compreendemos as dificuldades. N�s n�o somos retardat�rios, n�s estamos andando na frente dos retardat�rios”, afirmou. 

 


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