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Estado de Minas POL�TICA

Novatos criam grupo 'paralelo' na C�mara dos Deputados

Primeiras conversas sobre o Grupo Parlamentar Suprapartid�rio (GPS) nasceram em um grupo de WhatsApp


postado em 16/09/2019 07:34 / atualizado em 16/09/2019 08:54

Ideia básica é propor e votar juntos durante as sessões deliberativas da Câmara(foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)
Ideia b�sica � propor e votar juntos durante as sess�es deliberativas da C�mara (foto: Michel Jesus/C�mara dos Deputados)
Sem espa�o dentro das legendas e longe da articula��o pol�tica dos l�deres para emplacar seus projetos, deputados de primeiro mandato criaram um grupo paralelo, suprapartid�rio, para tentar ampliar sua influ�ncia na pauta da C�mara. O grupo j� se reuniu com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir as propostas da "nova bancada".

As primeiras conversas sobre a cria��o do autodenominado Grupo Parlamentar Suprapartid�rio (GPS) nasceram em um grupo de WhatsApp formado por 18 deputados federais da oposi��o que votaram a favor da reforma da Previd�ncia no segundo turno da C�mara, contrariando a orienta��o de seus respectivos partidos.

Os "dissidentes", alguns alvos de san��es, avaliam que podem se fortalecer com a uni�o. A ideia b�sica � propor e votar juntos durante as sess�es deliberativas da C�mara. "N�o � um parlamentar espec�fico que vai mudar o Brasil, � um grupo", disse o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) ao justificar a cria��o do GPS.

Conforme revelou a Coluna do Estad�o na quarta-feira passada, Rigoni e outros 14 deputados se reuniram em um almo�o, em Bras�lia, para discutir os caminhos do grupo. Sentada � frente de Rigoni, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) foi uma das que se mostraram frustradas com o ritmo da tramita��o das propostas. Segundo dois participantes do encontro, a parlamentar - autora de cinco projetos de lei - teria afirmado que, apesar de toda "publicidade espont�nea" do seu nome, n�o consegue avan�ar como queria em temas do seu interesse.

Rigoni, Tabata e outros nove parlamentares lan�aram um manifesto no m�s passado em que pedem que parlamentares possam exercer o mandato com independ�ncia, sem o risco de puni��es dos partidos. "Enquanto existir o presidencialismo, o multipartidarismo e a federa��o, as lideran�as partid�rias precisar�o ouvir e negociar com suas bases, dissidentes ou n�o", afirmou Tabata em artigo publicado ap�s a vota��o da Previd�ncia.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no m�s passado, a deputada disse que "tem muito machismo" nas cr�ticas que recebeu de colegas de Parlamento. Ela ainda pode ser expulsa do PDT por ter votado a favor do projeto de reforma da Previd�ncia.


Desconforto


Para o cientista pol�tico e professor do Insper Carlos Melo, o fen�meno da forma��o de grupos suprapartid�rios n�o � recente e seria fruto da falta de rigor dos partidos na forma��o de suas bases e na escolha pragm�tica de candidatos que possam ter um bom resultado eleitoral. "Voc� vai encontrar esse tipo de desconforto em v�rios partidos, talvez tenha exce��es em partidos mais ideol�gicos como PSOL e Novo, porque t�m uma disciplina interna muito forte, mas o crit�rio de sele��o dos candidatos n�o � ideol�gico", avalia. "� super pragm�tico e, depois que se elegem, as pessoas veem que n�o t�m compatibilidade com suas legendas."

Na an�lise de Melo, Tabata e Rigoni, por exemplo, teriam mais identidade entre si do que com suas siglas. Mas ele ressalta que a atua��o de grupos como o GPS pode resultar em impasses, tanto internos quanto em rela��o �s legendas de cada um de seus integrantes. O grupo, por exemplo, n�o ter� como exigir fidelidade de seus membros e os partidos podem punir de forma mais severa aqueles que desrespeitarem novamente decis�es sobre vota��es.

Oficialmente, o GPS se define como um "movimento de pessoas que age com um prop�sito ou objetivo definido sem qualquer tipo de influ�ncia ou ideologia tanto dos partidos de esquerda ou de direita".

A ideia da frente suprapartid�ria nasceu de uma conversa com o presidente da C�mara. Maia aconselhou deputados de primeiro mandado que n�o se sentiam representados em seus partidos e bancadas a buscarem uma atua��o parlamentar conjunta.

O grupo j� se v� como uma esp�cie de "bloco alternativo", sem a formaliza��o dos partidos, para pressionar l�deres, presidentes de comiss�es e o pr�prio presidente da Casa para pautar agendas comuns. Maia tem tratado o grupo quase como se fosse uma estrutura tradicional da C�mara, recebendo seus integrantes em seu gabinete e na resid�ncia oficial. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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