
As primeiras investiga��es indicam que n�o havia sinais de arrombamento no apartamento, nem evid�ncias de luta. O corpo j� passou por necropsia e foi liberado para a fam�lia.
Valladares foi apontado por outros delatores da empreiteira como um dos negociadores de R$ 30 milh�es de propina para A�cio atuar a favor dos Projetos do Rio Madeira (Usinas Hidrel�tricas de Santo Ant�nio e Jirau, em Rond�nia) e, assim, atender interesses da empreiteira e tamb�m da Andrade Gutierrez.

Segundo Valladares, o ex-ministro recebeu R$ 5,5 milh�es para rever o leil�o da usina de Jirau e a Odebrecht assumisse o empreendimento. O delator contou que "Esqu�lido" teria cobrado uma "contrapartida" ap�s reuni�o com os executivos da empreiteira. "Ele sinalizava que iria nos ajudar. E que precisava de nossa ajuda, de propina", declarou Valladares.

O pagamento da propina, relatou Valladares, foi feito em algumas ocasi�es, com entrega de dinheiro diretamente na casa do filho de Lob�o, M�rcio Lob�o, no Rio.
O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura disse, ainda, que em encontros em S�o Paulo, Lob�o Filho falava que podia "ajudar a Odebrecht em obras, mas que isso exigia contrapartidas da empreiteira". Em suas reuni�es com o ministro Lob�o em Bras�lia, Valladares disse que era recebido no gabinete com gaspacho, uma tradicional sopa espanhola. "Ele � magro que nem um palito, e se alimenta a base de gaspacho", disse Valadares.
Depois de acertar os pedidos e propinas, disse o delator, Lob�o pedia para que o "fiscal" entrasse no gabinete, para registrar os temas e discuss�es feitas durante o encontro.
Defesas
Tanto o deputado A�cio Neves quanto o ex-ministro Edison Lob�o sempre negaram enfaticamente a pr�tica de il�citos e o recebimento de propinas da Odebrecht.