A for�a-tarefa Greenfield recorreu nesta sexta-feira, 25, da decis�o da 12.ª Vara Federal Criminal de Bras�lia que absolveu o ex-presidente Michel Temer da acusa��o de obstru��o de Justi�a no caso em que o ex-presidente foi gravado no Jaburu orientando o empres�rio Joesley Batista ("tem que manter isso, viu?") a continuar agindo pelo sil�ncio do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha, preso na Opera��o Lava-Jato.
Os procuradores argumentam que, ao contr�rio do que foi dito na senten�a, o crime imputado a Temer "ficou comprovado por evid�ncias que v�o al�m da grava��o, como diversos testemunhos e a��o controlada".
Segundo a for�a-tarefa, deixar de processar o ex-presidente por esse ato "� reconhecer que o Estado considera irrelevante as condutas praticadas". "Seria um claro e indesejado incentivo � sua ocorr�ncia".
A decis�o do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara, foi fundamentada preponderantemente na conversa transcrita pela Pol�cia Federal entre Joesley e Temer. Para o magistrado, a den�ncia "n�o suporta sequer o peso da justa causa para a inaugura��o de instru��o criminal".
"O di�logo quase monossil�bico entre ambos (Temer e Joesley) evidencia, quando muito, bravata do ent�o Presidente da Rep�blica, muito distante da conduta dolosa de impedir ou embara�ar concretamente investiga��o de infra��o penal que envolva organiza��o criminosa."
O recurso da for�a-tarefa chama a aten��o para as demais provas do processo que corroboram, umas com as outras, a conduta de Michel Temer para embara�ar as investiga��es sobre o n�cleo da organiza��o criminosa "PMDB da C�mara".
Defesa
Na �poca da absolvi��o, a defesa de Temer afirmou, em nota, que a decis�o "traz o reconhecimento de que o grande esc�ndalo com o qual se tentou derrubar um Presidente da Rep�blica baseou-se na distor��o de conversa gravada, pois o conte�do verdadeiro dela nunca indicou a pr�tica de nenhuma ilegalidade por parte dele". "E foi a partir dessa distor��o que outras foram praticadas, para formular descabidas acusa��es contra um homem honrado", diz o texto assinado pelo advogado Eduardo Carnel�s.