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Estado de Minas POL�TICA

Promotora que exibiu apoio a Bolsonaro sai do caso Marielle

Carmen Eliza disse que a repercuss�o das fotos afetou seu ambiente familiar e de trabalho


postado em 01/11/2019 18:40 / atualizado em 01/11/2019 18:55

(foto: Reprodução/Instagram )
(foto: Reprodu��o/Instagram )

A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, do Minist�rio P�blico do Rio, pediu no final da tarde desta sexta-feira, 1º, para se afastar do caso Marielle Franco. Na manh� desta quinta-feira, 31, fotos de Carmen que mostravam apoio ao presidente Jair Bolsonaro vieram � tona e passaram a ser usadas para colocar em xeque a isen��o dela na investiga��o do assassinato da vereadora.

Em uma das imagens, ela aparece ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim, que quebrou uma placa com o nome da vereadora no ano passado.

Em carta publicada pelo MP, Carmen disse que a repercuss�o das fotos afetou seu ambiente familiar e de trabalho. Defendeu ainda que em nenhum momento seu posicionamento pol�tico no �mbito pessoal influenciou a atua��o no �rg�o investigativo.

"Nessa perspectiva, em raz�o das lament�veis tentativas de macular minha atua��o s�ria e imparcial, em verdadeira ofensiva de inspira��o subalterna e flagrantemente ideol�gica, cujos reflexos negativos alcan�am o meu ambiente familiar e de trabalho, optei, voluntariamente, por n�o mais atuar no caso da Marielle e Anderson", escreveu a promotora.

Em nota, o MP informou que os pais da vereadora se reuniram com o Grupo de Atua��o Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta sexta-feira e defenderam a perman�ncia de Carmen � frente do caso. Ela, por�m, pediu para ser afastada.

Carmen estava na coletiva de imprensa em que as promotoras do Gaeco afirmaram que o porteiro do condom�nio Vivendas da Barra mentiu ao associar Bolsonaro a Elcio Vieira de Queiroz, um dos presos pela morte de Marielle. Elas garantiram que quem autorizou a entrada de Elcio no condom�nio foi Ronnie Lessa, vizinho do presidente e acusado de disparar os tiros contra a vereadora.

COM A PALAVRA, O MINIST�RIO P�BLICO DO RIO DE JANEIRO

"A Procuradoria-Geral de Justi�a do Minist�rio P�blico do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) reconhece o zeloso trabalho exercido pela Promotora de Justi�a Carmen Eliza Bastos de Carvalho, que nos �ltimos dias vem tendo sua imparcialidade questionada no que afeta sua atua��o funcional, por exercer sua liberdade de express�o como cidad�, nos termos do art. 5º da Constitui��o Federal. Assim como Procuradores e Promotores de Justi�a, no cumprimento di�rio de suas fun��es, velam incansavelmente pela promo��o dos Direitos Fundamentais, � compromisso da Institui��o defender o Estado Democr�tico de Direito e a livre manifesta��o de pensamento, inclusive de seus membros.

O Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado do Minist�rio P�blico do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) esclarece que as investiga��es que apontaram os executores de Marielle Franco e Anderson Gomes foram conduzidas pelas Promotoras de Justi�a Simone Sibilio e Let�cia Emile Petriz. Findas as investiga��es, a Promotora de Justi�a Carmen Eliza Bastos de Carvalho passou a atuar na a��o penal em que Ronnie Lessa e �lcio Queiroz s�o r�us, a partir do recebimento da den�ncia pelo 4ª Tribunal do J�ri da Capital. Sua designa��o foi definida por crit�rios t�cnicos, pela sua incontest�vel experi�ncia e pela efic�cia comprovada de sua atua��o em julgamentos no Tribunal do J�ri, motivos pelos quais Carmen Eliza vem sendo designada, recorrentemente, pela coordena��o do GAECO/MPRJ para atuar em casos complexos.

Cumpre informar que, diante da repercuss�o relativa �s postagens da promotora em suas redes sociais, a Corregedoria-Geral do Minist�rio P�blico do Estado do Rio de Janeiro instaurou procedimento para an�lise.

Nesta sexta-feira (01/11), o GAECO/MPRJ recebeu os pais de Marielle Franco, Marinete da Silva e Ant�nio Francisco da Silva, e a vi�va de Anderson Gomes, Agatha Arnaus Reis, que defenderam a perman�ncia de Carmen Eliza � frente do processo penal, em andamento no Tribunal de Justi�a.

No entanto, em raz�o dos acontecimentos recentes, que avalia terem alcan�ado seu ambiente familiar e de trabalho, Carmen Eliza optou voluntariamente por n�o mais atuar no Caso Marielle Franco e Anderson Gomes, pelas raz�es explicitadas em carta aberta � sociedade."


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