
Sem citar o nome do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Guedes disse que n�o � "inteligente" por parte da oposi��o fazer protestos de rua pois a convuls�o social "assusta" os investidores. "Acho que devemos praticar uma democracia respons�vel (…) Vamos jogar o jogo democr�tico corretamente. Daqui a tr�s anos voc� volta e muda", disse Guedes, sem citar o nome de Lula, em refer�ncia �s futuras elei��es presidenciais do pa�s.
"Sabe como jogar democracia? Espere a pr�xima elei��o, n�o precisa quebrar a cidade. Isso assusta os investidores, acho que n�o ajuda nem a oposi��o, � est�pido", afirmou Guedes, no think tank no Peterson Institute for International Economics, em Washington.
Ap�s ser solto, o ex-presidente Lula convocou a juventude a protestar e declarou que "um pouco de radicalismo faz bem � alma", sem citar a express�o "quebrar a rua".
Na segunda-feira, 25, em coletiva de imprensa, o ministro afirmou que as pessoas "n�o deveriam se assustar se algu�m pedir o AI-5" diante de convoca��o de manifesta��es por lideran�as da esquerda, como Lula.
O Ato Institucional n.º 5 foi a mais dura medida institu�da pela ditadura militar, em 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da Rep�blica o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos munic�pios e Estados, esvaziar garantias constitucionais como o direito a habeas corpus e suspender direitos civis. H� cerca de um m�s, o filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, defendeu medidas como "um novo AI-5" para conter manifesta��es de rua, caso "a esquerda radicalizasse".
A declara��o de Guedes foi dada enquanto o ministro explicava que h� preocupa��o no Planalto com o ritmo das reformas econ�micas diante dos protestos de rua em outros pa�ses da Am�rica Latina. Nesta ter�a-feira, 26, ao chegar ao evento em Washington, Guedes n�o respondeu a questionamentos da imprensa sobre o assunto. Questionado na palestra sobre o que pensa das manifesta��es em pa�ses da regi�o, o ministro reafirmou que o tema coloca em alerta o calend�rio das reformas econ�micas.
"Pessoas v�o na rua em paz, pessoas v�o para a rua pedir, isso � democracia. As pessoas t�m direito de pedir, fazer barulho, pedir coisas, n�o h� problema em manifesta��es p�blicas. Mas claro que a intelig�ncia pol�tica dos pol�ticos fazem esses c�lculos, 'ser� que devo continuar com isso'?", afirmou.
Ainda durante sua apresenta��o, o ministro afirmou que a democracia do Brasil � "vibrante" e chamou de "barulho" cr�ticas ao governo. "Estamos transformando o estado brasileiro. � um trabalho dif�cil (…). O que voc�s est�o ouvindo '� uma bagun�a, convuls�o social', n�o prestem aten��o. H� uma democracia vibrante", afirmou. "A democracia brasileira nunca foi t�o forte, poderosa, vibrante, n�o h� esc�ndalo de corrup��o, os crimes ca�ram", disse. "Toda informa��o tem o sentido e o barulho. O que voc�s ouvem � barulho, n�o � o que est� acontecendo l� embaixo", disse o ministro sobre o Brasil.
Guedes defendeu a realiza��o de manifesta��es "pac�ficas", mas sugeriu que elas ocorrem quando a "oposi��o" perde. "� inteiramente compreens�vel que as pessoas v�o �s ruas na Am�rica Latina: pacificamente, e que reclamem. Mas n�o somos ing�nuos: quando a oposi��o perde", disse.